Por: Jornal Clarin Brasil – 05 de Novembro de 2019
Você já está se preparando para isso?
Vamos dar 3 motivos para pensarem, e se prepararem melhor para a aposentadoria
Com as mudanças de regras no sistema previdenciário do Brasil( https://www.brasil.gov.br/novaprevidencia/ ), agora mais do que nunca, é hora de planejarmos, e levarmos muito à sério esse assunto
E também, porque nunca é cedo para começar o planejamento da aposentadoria.
Nos últimos dias, as perguntas mais frequentes por parte de todos, é: “E agora, será que vou me aposentar?” Ou: “Estou preparado financeiramente para a aposentadoria?”
A preocupação parece ser motivada por uma ansiedade desnecessária, já que ainda restam muitos anos pela frente, mas essa não é uma verdade absoluta.
Todos nós já ouvimos de muitos idosos, afirmações de que temia a aposentadoria, que naturalmente lhes traria a ociosidade, o retorno para a convivência mais próxima com cônjuges, a diminuição do dinheiro, e o surgimento de diversas doenças em decorrência desses eventos.
Daí, agora surge outra pergunta que também devemos nos fazer e nos preocupar:
“Estou emocionalmente preparado para me aposentar?”
Os técnicos e sutis denominam a fase de aposentadoria e idade avançada como a terceira idade. Otimistas românticos nos últimos tempos, a denominam como a “melhor idade”, e realistas, sabem, que a tecnicamente fase da terceira idade, ou “romântica” melhorar idade, não passam de uma maneira eufemista ao falar sobre o assunto sem agredir aos nossos idosos com a dolorosa verdade.
Mas já que ainda estamos jovens, menos sensíveis, e suportamos algumas verdades sem nos ofender, é sim hora de pensarmos no futuro sem romantismo.
1. Onde você planeja morar após a sua aposentadoria?
Se você ainda paga um financiamento ou planeja adquirir outra casa, isso obviamente envolve questões financeiras – especialmente porque os preços da habitação variam muitos entre cidades e estados do Brasil. Mas onde, e com quem você vai pretender passar a os restantes de seus dias durante a aposentadoria também é uma questão emocionalmente sensível, principalmente para casais.
Talvez um dos cônjuges queira vender a casa, e se mudar para outro estado, ou cidade interiorana, ou no litoral, onde possam aproveitar melhor e em paz o tempo livre. Enquanto o outro queira permanecer próximo aos familiares, filhos, netos e locais onde esteja sentimentalmente ligado. Exemplo: O marido cansado de São Paulo, Rio ou Belo Horizonte, e queira ir para Vitória, mas a esposa não arreda o pé de sua casa de anos, com seus jardins e plantinhas cultivadas nos últimos 40 anos.
Uma conversar entre os cônjuges, envolvendo os filhos, com antecedência sobre essas possíveis questões de desacordo pode ajudar bastante a evitar conflitos e dissabores futuros.
Ninguém vai querer “azedar” sua aposentadoria com uma questão tão séria, mas de fácil solução, caso amadureçam previamente ao longo do tempo, a decisão ou mudança no futuro.
2. Como você gastará seu tempo?
Pensar no que fazer com a terceira fase da vida exigirá uma série de estudos e considerações. Também é importante desmascarar alguns mitos sobre o que a aposentadoria representa. Muitas pessoas têm medo de como serão suas vidas, porque associam a aposentadoria a uma capacidade diminuída, sensação de inutilidade diante da sociedade, uma dependência ou até um passo mais perto da morte. Em partes, não deixa de ter uma parcela de verdade, mas não radicalizemos.
Por não planejarem nada, quando aposentam, o jubilado pensa; “OK, e agora?”
Antes que chegue esse momento de se fazer essa pergunta, passe algum tempo agora, antes da aposentadoria, estudando suas possibilidades – incluindo suas habilidades, sobre o que você sabe fazer com maestria, seus interesses e coisas que você não realizou, mas que ainda gostaria de realizar. Isso exige que você identifique sonhos ou objetivos, aqueles que ficaram no passado, examinem os hobbies que mais o entusiasmam e determine o que é seu dom, suprimido ao longo dos anos, em termos de atividades intelectuais, físicas, sociais ou espirituais.
Também é importante vocês saber o que você não quer fazer. Embora algumas pessoas possam querer se aposentar na praia e ficar sentadas e jogando cartas o dia todo, outras ficam entediadas com esse estilo de vida. Obviamente, não existe o melhor caminho para todos. Portanto, seja honesto consigo mesmo (e com seu cônjuge, se for casado), sobre o que é mais e menos atraente para você.
3. E se a “grana” for curta, como lidar?
Muitos de nós crescemos com imagens grandiosas de como será a aposentadoria: liberdade do estresse do trabalho, hora de viajar, dias despreocupados passados damas ou baralho nas praças ou não fazendo absolutamente nada. Infelizmente, essas imagens geralmente são mais ficção do que fatos.
O brasileiro médio está lamentavelmente despreparado para os desafios financeiros da vida sem um salário constante e, portanto, despreparado para lidar com a decepção emocional que inevitavelmente ocorre quando sonhos e objetivos de aposentadoria não são realizados.
Um grande choque para muitas pessoas, principalmente depois dessa nova previdência no Brasil, é que eles provavelmente não vão se aposentar – pelo menos da maneira que esperavam. Necessidades financeiras estão forçando muito mais aposentados a continuarem trabalhando, em subempregos, ou continuando o labor em seus antigos empregadores; outros são forçados a adotar um estilo de vida de muita restrição, o que é também um fator frustrante e adoecedor.
Tudo isso sem contar com as várias e repentinas mudanças do cenário econômico do país, que podem causar estragos também nos fundos de aposentadorias privadas, ou as surpresas da vida que o façam ter que mexer em suas poupanças.
Pensando em tudo isso e fica claro que, mais do que nunca, é importante saber gerenciar as finanças com sabedoria, incluindo dívidas, especialmente quando você se aproxima da aposentadoria, e passa a ser alvos de financeiras, que te oferecem fácil e livre acesso a empréstimos, vinculados ao seu ordenado, de maneira que pode te aprisionar, e diminuir e muito, seus sonhos de uma aposentadoria emocionalmente saudável.
Aposentados endividados
Nós estamos acompanhando as tendências sociais, e principalmente nesses momentos de crise aprofundada em nosso país, infelizmente, mais e mais aposentados estão se endividando no sentido de socorrer aos seus, filhos netos e demais familiares, acometidos pela gravidade econômica do momento. E isso acontecendo justamente nos momentos em que eles, os jubilados deveriam estar livres, assim como seus ordenados, sem nenhum outro comprometimento que fosse sua manutenção pessoa, que envolvem cuidados médicos, deslocamentos, remédios, uma boa alimentação, e o lazer, dos quais foram privados na pregressa jornada laborativa.
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Além disso, pessoas com 60 anos ou mais é o segmento de crescimento mais rápido da população do Brasil com dívidas, oriundas de empréstimos, e também inadimplência segundo o SPC, e Serasa.
Parte dessa crescente onda de dívidas se deve ao aumento dos custos de habitação, saúde e energia, e auxilio aos familiares, filhos e netos, dentre outros, vitimados pelas dívidas e crescente e assustador desemprego no país.
Então, já parou para pensar nisso, ou vai esperar para pensar quando chegar a hora em que suas energias e vitalidade se esvaíram, e restarão poucas opções ou soluções para um verdadeiro descanso?