O presidente da Rússia, Vladimir Putin, entregou prêmios póstumos às viúvas das vítimas do acidente de radiação de Nyonoksa em uma cerimônia em Moscou, em 21 de novembro.
O presidente russo Vladimir Putin prometeu continuar o desenvolvimento de uma arma que esteve no centro de um acidente nuclear mortal em agosto.
“Certamente estaremos aperfeiçoando esta arma, independentemente de qualquer coisa”, disse Putin em uma cerimônia nesta quinta (21) no Kremlin, para entregar prêmios póstumos às famílias das vítimas, dizendo que o sistema de armas visa garantir a soberania e a segurança da Rússia “nas próximas décadas”.
Pelo menos cinco pessoas morreram, incluindo engenheiros nucleares, quando um motor de foguete explodiu em um local de testes navais na costa do Mar Branco, disseram autoridades russas.
Em comentários transmitidos pela televisão estatal na manhã desta sexta (22) , Putin disse às viúvas dos mortos que as “idéias e soluções técnicas” envolvidas no projeto estavam “sem equivalente no mundo”.
“Simplesmente possuir essas tecnologias exclusivas é o mais importante, garantia sólida de paz no planeta “, acrescentou, sem especificar que arma estava envolvida no incidente.
A explosão de 8 de agosto ocorreu no local de testes de mísseis de Nyonoksa, enviando uma nuvem de radiação flutuando sobre o porto de Severodvinsk, localizado a cerca de A 50 quilômetros de distância,
seguiu-se declarações contraditórias de oficiais do governo local e federal na Rússia sobre a natureza da explosão e o perigo que ela representava para os moradores locais.
Uma autoridade do Departamento de Estado em outubro disse que os Estados Unidos concluíram que a explosão ocorreu em meio a uma operação para recuperar um míssil nuclear que aparentemente caiu durante um teste.
O incidente ocorreu em meio a tensões entre Moscou, Washington e aliados dos EUA após o fim de um tratado nuclear da era da Guerra Fria que provocou temores de uma crescente corrida armamentista