A Uber enfrenta um novo obstáculo para atuar na capital inglesa: as autoridades londrinas não consideram que a empresa esteja adotando as devidas medidas de segurança em relação aos motoristas do aplicativo, motivo pelo qual, optaram por não prolongar a presença das atividades na cidade
Por Jornal Clarin Brasil – 25/11/2019 17h33min
Londres decidiu por não renovar a licença da Uber para operar na cidade, o que não permite à empresa um futuro neste que é um dos seus principais mercados.
Com a decisão, 45.000 motoristas licenciados pelo aplicativo, dixarão de circular pela cidade. Após a notícia, as ações da Uber despencaram e a desvalorização baixou cerca de 4% nas negociações antes da abertura do mercado, uma vez que a empresa está cotada em Wall Street.
A Uber tem 21 dias para recorrer da decisão e tem direito a operar enquanto os magistrados refletem sobre a mesma, disse um oficial da Transport for London, o órgão estatal responsável pelo sistema de transportes londrino. A empresa, obviamente confirma que irá recorrer da decisão, e no Twitter, o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi, classifica o veredito da autoridade de transportes como “equivocado”. De acordo com o mesmo, a Uber mudou significativamente a forma como opera em Londres ao longo dos últimos dois anos, ajustando´se aos padrões de seguranças exigidos pelo governo.
Entendemos que estamos a frente de um grande obstáculo, como era de se esperar. Mas esta decisão tfL é simplesmente errada. Nos últimos 2 anos, mudamos fundamentalmente a forma como operamos em Londres. Chegamos muito longe – e vamos continuar, para os milhões de motoristas e usuários que dependem de nós .- dara khosrowshahi (@dkhos) – 25 de Novembro 2019
A licença de dois meses que permitia à Uber operar na cidade londrina expirou hoje, segunda-feira, 25 de novembro. Esta era a última extensão permitida enquanto a TfL revia as mudanças em termos operacionais que estavam a ser implementadas pela empresa.
Foi já há cerca de dois anos que a TfL concluiu que a Uber não era “adequada ” para receber uma licença, apontando falhas ao nível da certificação das competências dos condutores e da análise do seu passado criminal. O software utilizado pela empresa também foi alvo de críticas, uma vez que representa um obstáculo a que as autoridades consigam detetar os condutores infratores da lei.
O presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, mostrou-se concordante com a visão da TfL na época da primeira decisão e, esta segunda-feira, já veio reiterar o apoio à autoridade responsável pelos transportes londrinos, através da respetiva conta Twiteer. “Tfl identificou um padrão de falhas da parte da Uber que põe diretamente a segurança dos passageiros em risco”, argumentou.
Aguardemos os próximos capítulos dessa que também já é uma novela britânica, sai ou não sai?
