“Eu não gosto de negro, sou racista, sou racista mesmo”
Por Jornal Clarin Brasil – Belo Horizonte 06/12/2019 17h01min
Por essas palavras, a suposta advogada Natália Burza Gomes Dupin, de 36 anos, foi autuada por injúria racial pela Policia Civil na tarde da última quinta-feira(05), em Belo Horizonte.
O crime configurado com injuria racial, aconteceu quando mm taxista de Belo Horizonte denunciou o caso de racismo à polícia de Belo Horizonte (MG), após a agressora, a quem fora oferecida a corrida, rejeitou, afirmando que “não andava com negros” e que era racista mesmo quando confrontada pela afirmação.
Ao chegar na delegacia, ela ainda se negou a prestar depoimento para os policiais, por serem eles também negros, e ofendeu a uma outra policial, a quem chamou de “sapatão”, segundo relatos das testemunhas presentes no local.
A primeira vítima, o taxista Luis Carlos Alves Fernandes, de 51 anos, disse passava por uma avenida de Belo Horizonte quando avistou Natália em discussão com um senhor de idade no ponto de táxi. Como de costume perguntou se eles precisavam de uma viagem, e a agressora adiantou que sim, mas salientou que “não andava com pretos”. Sentindo-se ofendido, o taxista rebateu e disse que a declaração era criminosa. A agressora então, sem nenhum constrangimento, reafirmou: “eu não gosto de negro, sou racista, sou racista mesmo”, e havendo em seguida cuspido no pé do taxista.
Diante dos abusos, o taxista acionou as autoridades, enquanto a agressora desdenhava, afirmando em tom de deboche que “Nada aconteceria com ela”, relatou à imprensa. Testemunhas indignadas com o que presenciaram, impediram a agressora de se evadir da cena do crime, fuga que a mesma tentava realizar entrando em outro taxi, porém fora contida até a chegada da viatura policial.
No evento, natália cometeu uma série de crimes, e foi denunciada por injúria racial, desobediência civil e desacato à autoridade. Ela foi presa e conduzida a uma unidade do sistema prisional nesta sexta-feira 06, segundo informações das autoridades. A defesa de Natália afirmou que só comentará o caso ao decorrer do processo.
