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EUA se sente solitário em suas ações unilaterais e criticam Europa por não apoia-los em ataque ao general iraniano

Mike Pompeo ataca ingleses, franceses e alemães, diz que operação salvou vidas também na Europa.

Por Jornal Clarín Brasil 05/01/2020

Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, criticou as principais potências europeias por não apoiarem a decisão de lançar o ataque que acabou por matar o importante general Qassem Soleimani. “Os britânicos, franceses e alemães precisam de entender que o que fizemos, o que os americanos fizeram, salvou vidas na Europa também. Isto é bom para o Mundo inteiro”, disse em declarações ao canal Fox News. Pompeo insiste no discurso de que Soleimani e o governo iraniano preparavam uma ação que ameaçava cidadãos norte-americanos.

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Líderes de potências européias (Reino Unido, França e Alemanha) não apoiam a ação de Donald Trump

O grito “Morte à América”, foi uma das palavras de ordem entoadas nas cerimónias fúnebres do general Qassem Soleimani, principal comandante militar iraniano, morto num ataque no aeroporto de Bagdá, no Iraque, ordenado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Uma multidão de pessoas saíram às ruas no norte de Bagdá, no último adeus ao general Soleimani, e prometeram vingança, entre gritos de ódio e ameaças de retaliação, pela morte de uma das principais figuras militares daquele país

Funeral de Soleimani realizou-se ontem e contou com a presença de milhares de pessoas. Foram proferidas várias palavras de ordem contra os americanos
Cortejo fúnebre de Soleimani contou com a presença de milhares de pessoas.

Os ataque realizados pelos Estados Unidos foram vistos com muita apreensão pelas grandes potências mundiais e condenados por China e Rússia. Um porta-voz da diplomacia da China pediu “calma” e alertou para as consequências da “perigosa” operação unilateral levada a cabo pelos EUA. O governo Russo prevê que o ataque resultará no “aumento das tensões no Oriente médio”.

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Vladimir Putin e Xi Jinping presidentes das potências Russia e China, são parceiros do Irã, o que agrava a situação dos EUA

A escalada de tensão entre EUA e Irã remonta a maio de 2018, quando Donald Trump retirou unilateralmente os EUA do acordo nuclear com o Irã.

A medida de Donald Trump levou os EUA a aplicarem pesadas sanções economicas aos iranianos, que tinham sido suspensas após a assinatura do acordo nuclear, em 2015, durante a administração do democrata Barack Obama. Entretanto, a OTAN suspendeu as operações de treino que tem levado a cabo no Iraque.

Presidente do Irã promete que surgirão “dezenas de Soleimani”

Iraquianos choram morte do general Qassem Soleimani
Mulheres iranianas choram a morte do general

Durante o ano passado, os EUA acusaram o Irã de ter atacado dois petroleiros no golfo de Omã e, pouco tempo depois, acusaram os iranianos de estarem envolvidos no ataque a uma das maiores refinarias do Mundo, na Arábia Saudita. As principais figuras do governo do Irão prometeram uma retaliação à ofensiva dos norte-americanos. O presidente iraniano, Hassan Rohani, reiterou que os Estados Unidos vão sofrer “as consequências” do assassinato e prometeu a “criação de dezenas de generais Soleimani”.

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