Por Jornal Clarín Brasil – 11/01/2020 ás 07h00min
A rainha exigiu que as negociações sobre o futuro real do duque e da duquesa de Sussex forneçam um plano para as próximas gerações.
Com equipes de todos os lados conversando para encontrar “soluções viáveis” para a busca do casal por se tornar “financeiramente independente”, continuando a “apoiar totalmente Sua Majestade”, pela própria admissão do Palácio de Buckingham, existem “questões complicadas” a serem resolvidas. A monarca de 93 anos estabeleceu um prazo de uma semana para encontrarem uma solução.
Com os membros do palacio preocupados em terem que permitir que o duque e a duquesa comam seu bolo real de maneira livre possa constituir um precedente perigoso, examinamos como seria o “novo papel progressivo” que eles estão buscando dentro da centenária instituição.
FINANCIAMENTO
Os Sussexes reclamam em seu site que estão “proibidos de obter qualquer renda”. De acordo com o plano, eles “preferem abdicar desse vínculo financeiro” com a concessão soberana da rainha. Eles dizem que a doação contribui com cinco por cento do custo de seu escritório, com 95 por cento de sua renda do Príncipe de Gales através de sua propriedade no Ducado da Cornualha.
Solução: Sir Michael Stevens, o atual guardião da bolsa e tesoureiro da rainha, acredita-se que esteja ajudando com uma nova solução de financiamento que levaria os Sussexes produzir “um novo esquema de custo” para a “transição”, com a possibilidade de reduzir o financiamento do Ducado.
As princesas Beatrice e Eugenie são exemplos de membros da família que possuem títulos de realeza e vivem em residências reais enquanto mantêm empregos em período integral e dispensam guarda-costas financiados pelos contribuintes.
SEGURANÇA
Os Sussex dizem que a segurança armada, financiada pelos contribuintes, é “custeada pelo Ministério do Interior”. Pensa-se que seus oficiais de proteção da Polícia Metropolitana custam mais de £ 650.000 por ano e fontes importantes do governo disseram que sua segurança futura “será discutida”.
Mas não é apenas o custo dos guarda-costas pessoais do casal que precisa ser considerado. Ainda não foi decidido quem pagará a conta de quaisquer aparições públicas no exterior.
Solução: O duque de York foi forçado a pagar por guarda-costas particulares para suas filhas, enquanto Diana, princesa de Gales, dispensou seus oficiais de proteção antes que ela perdesse seu status de realeza.
Mas o fato de o nível de ameaça contra o príncipe Harry como ex-capitão do Exército que serviu duas viagens ao Afeganistão ser muito maior significará um compromisso.
Poderia o número de policiais de proteção da força da Polícia Metropolitana ser reduzido e complementado com guarda-costas do tipo de empresas de segurança privadas que são contratadas para cuidar de celebridades e outros indivíduos de alto patrimônio líquido?
Em seu site, o duque e a duquesa dizem que continuarão usando o Frogmore Cottage como sua residência oficial, para que sua família sempre tenha um lugar para chamar de lar no Reino Unido.
As reformas na casa de campo em Windsor custaram 2,4 milhões de libras, pagadas pelo contribuinte britânico.
Solução: Em meio à controvérsia sobre o pagamento de uma “taxa nominal” para morar em um apartamento de cinco quartos e cinco salas de recepção no Palácio Kensington, o primo da rainha Prince Michael of Kent e sua esposa Marie Christine foram forçados a pagar um aluguel anual de £ 120.000 em 2010.
O Duque de York fechou um contrato de arrendamento de 75 anos em um chalé real de 30 quartos em Windsor, pelo qual pagou 1 milhão de libras em 2003. Como o Frogmore Cottage, ambos são de propriedade da corôa britânica, para que os Sussex pudessem negociar acordos semelhantes de arrendamento para sua base britânica.
TÍTULO E SUCESSÃO
O duque e a duquesa querem continuar usando os títulos da realeza, mas podem ser criticados por “descontar” em seu status real se forem vistos desrespeitando suas conexões com a coroa para ganhar dinheiro na América do Norte. Harry é atualmente o sexto na linha de sucessão.
Solução: Diana, princesa de Gales e Sarah, duquesa de York, perderam seus títulos de realeza quando se divorciaram e deixaram o cargo, portanto, é possível que o casal perca suas cartas mantendo os títulos de duque e duquesa de Sussex, que eram um presente de casamento da rainha. Permitir que eles mantenham parte de seus detalhes de segurança policial pode adoçar o golpe.
Ou, em vez de ser despojado de seus títulos reais, poderia ser alcançado um acordo pelo qual o casal poderia simplesmente concordar em não usar o acrônimo, o que não significa muito na América do Norte, e deixá-los mais livres para buscar oportunidades comerciais lucrativas.
Apesar de ser neto do rei George V, o príncipe Michael de Kent renunciou ao seu lugar na linha de sucessão para se casar com uma católica sob o Ato de Acordo em 1701 (embora mais tarde se juntou novamente quando o ato foi derrubado).
Exigiria que uma patente de cartas fosse emitida pela rainha.
MORAR NO EXTERIOR
O duque e a duquesa têm sido vagos sobre seu futuro lar, dizendo apenas que “equilibrarão nosso tempo entre o Reino Unido e a América do Norte”.
Eles passaram as últimas sete semanas no Canadá, ficando parte do tempo em uma mansão em Vancouver. Agora, está sendo sugerido que eles dividam seu tempo entre o sul da Califórnia, onde Doria Ragland, mãe da duquesa, mora, e o Canadá, possivelmente Toronto, onde a duquesa tinha um lar quando ela estrelou o drama de televisão Suits.
Solução: Não há nada que impeça o casal de comprar propriedade privada no exterior.
O duque de York e sua ex-esposa possuem um chalé na estação de esqui suíço de Klosters, enquanto o conde de Snowdon, filho da princesa Margaret, é dono de uma segunda casa no sul da França.
