Hackers russos, supostamente ligados aos serviços secretos militares russos, atacaram a empresa ucraniana para a qual trabalhava um dos filhos do ex-vice-presidente norte-americano Joe Biden, foi noticiado nesta última terça-feira
Jornal Clarín Brasil 14/01/2020 11h48min
De acordo com agências de notícias internacionais, que citam um relatório de uma empresa de segurança informática, o ataque visou a empresa de gás ucraniana Burisma, na qual o filho do agora candidato às primárias Democratas trabalhou entre 2014 e 2019.
A informação consta num relatório de oito páginas da empresa Area 1 Security, de Silicon Valley, especializada em segurança informática.
Os ataques contra o grupo Burisma começaram em novembro passado, logo após a oposição democrática ter iniciado o processo para abrir o julgamento político do Presidente norte-americano, Donald Trump, indicou o relatório.
O objetivo dos hackers era obter informações destinadas a prejudicar a família Biden, segundo o jornal The New York Times, o primeiro a noticiar o caso e que cita especialistas em segurança.
Os hackers alegadamente tentaram roubar informações do grupo Burisma através de técnicas diferentes.
Vários meios de comunicação norte-americanos, incluindo o The New York Times, disseram acreditar existir um paralelo com o ataque informático sofrido durante a campanha presidencial de 2016 pela equipa da candidata Hillary Clinton e pelo Comité Nacional Democrático (DNC).
Nesse caso, as agências de inteligência dos EUA concluíram, num relatório divulgado em 2017, que o próprio Presidente russo, Vladimir Putin, havia ordenado a influência de ataques informáticos nas eleições norte-americanas porque sentia uma “preferência clara” por Trump.
Tanto Moscou, como o Presidente dos EUA sempre rejeitaram esta tese.
O alegado novo ataque ao Burisma ocorreu no contexto do processo de destituição de Trump, que os Democratas acusam de ter pressionado o homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, a abrir uma investigação de corrupção contra a família Biden, numa tentativa de o prejudicar no período que antecedeu as eleições deste ano.
Trump, que se candidata à reeleição, aguarda agora o início do processo de destituição, que ocorrerá no Senado.