Cultura/Lazer

PERMITA-ME…

Por Rosemary Chaulfon Academia Mineira de Belas Artes/ Jornal Clarín Brasil – 03/02/2020 às 09h01min

PERMITA-ME…

Poeta, tirei aquela pedra

do meio do caminho que se refez reluzente!

Liberdade com sabor de vida,

Utopia em outono que se fez sombrio!

À margem do caminho debruçada,

Outra pedra é esboçada…

Outra e outra e outra

Foram tantas, poeta!

O sertão interior então se aflora

A alma geme, grita e chora…

Efêmeros sonhos em frágeis paradas

Desfazem -se, não realizados.

Quem sabe, poeta, permanecessem

No caminho aquelas pedras,

Com elas, construiria o meu refúgio

Aproveitando-as como subterfúgio

a minha superação!

Paradoxal enredo se daria!

Em flores talvez se transformassem

Inebriando-me, confortando-me,

Em já predestinada solidão!

São pedras, dirão aqueles

que não conseguem enxergar  com a alma de um poeta!

Simples pedras à beira do caminho!

*Homenagem ao grande poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade.

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Carlos Drummond de Andrade

Rose Chalfoun

MEMBRO DA ACADEMIA MINEIRA DE BELAS ARTES

ACADEMIA LAVRENSE DE LETRAS

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