O virús que já matou mais de 2000 pessoas começa a se espalhar a contabilizar vítimas pelo mundo à fora.
Por Jornal Clarín Brasil/JCB – 19/02/2020 às 15h16min
Teeran – A agência de notícias estatal IRNA do Irã informou quarta-feira que o novo vírus matou dois cidadãos iranianos idosos.
A IRNA citou Alireza Vahabzadeh, assessora do ministro da Saúde do país, dizendo que as duas vítimas estavam portando o coronavírus e estavam localizadas em Qom, a cerca de 140 quilômetros ao sul da capital Teerã.
No início da quarta-feira, as autoridades iranianas confirmaram dois casos do novo vírus, o primeiro no país, segundo a agência de notícias semi-oficial da ISNA. As autoridades disseram mais tarde que os dois pacientes haviam morrido.
A IRNA citou um funcionário do ministério da saúde do país, Kiyanoush Jahanpour, dizendo que “desde os últimos dois dias, foram encontrados alguns casos suspeitos do novo coronavírus”.
O vírus causa a doença que a Organização Mundial da Saúde chamou recentemente COVID-19, referindo-se à sua origem no final do ano passado e ao coronavírus que a causa.
O novo vírus surgiu na China em dezembro. Desde então, mais de 70.000 pessoas foram infectadas globalmente, com mais de 2.000 mortes sendo relatadas, principalmente na China.
O novo vírus vem de uma grande família conhecida como coronavírus, alguns causando nada pior que um resfriado. Causa sintomas semelhantes aos do resfriado e da gripe, incluindo tosse e febre e, em casos mais graves, falta de ar. Pode piorar com pneumonia, que pode ser fatal.
Primeiro detectado na China, acredita-se que o vírus tenha se originado em um tipo de animal selvagem vendido no mercado chinês para ser consumido como alimento. O Irã aplicou medidas de segurança nos vôos de chegada a seus aeroportos para controlar uma possível propagação do vírus.
Em outros lugares do Oriente Médio, nove casos foram confirmados nos Emirados Árabes Unidos, sete deles chineses, um indiano e um filipino, enquanto o Ministério da Saúde do Egito confirmou seu primeiro caso na sexta-feira.
O Ministério da Saúde do Egito apenas identificou seu único caso como um estrangeiro portador do vírus, mas sem nenhum sintoma grave. O ministério disse que a pessoa foi hospitalizada e isolada. Não especificou a nacionalidade da pessoa ou a que porta de entrada ele chegou no Egito.
O caso no Egito também foi o primeiro no continente africano. Especialistas e líderes africanos expressaram preocupação de que, se o vírus se espalhar por lá, possa causar estragos entre os países menos desenvolvidos e com menos recursos de saúde.
*Conteúdo Agência de notícias estatal IRNA