A escola mostrou na avenida a força, a garra e determinação do mulherismo africano
Por Jornal Clarín Brasil/JCB – 26/02/2020 às 18h05min
Após a apuração das notas aconteceu, o que muitos já esperavam na tarde desta quarta-feira (26), diretamente da Sapucaí da cidade maravilhosa; DEU VIRADOURO!
O samba enredo “Viradouro de alma lavada” homenageou o grupo das Ganhadeiras de Itapuã , quinta geração de mulheres que lavavam roupa na Lagoa do Abaeté e faziam outros serviços em Salvador em busca da compra de sua alforria.
VOCÊ NÃO GOSTOU DISSO SEU AMARGURADO? #Viradouro #ApuracaoRJ pic.twitter.com/h7DbTyJ9gY
— Viradouro FC 🔴👑⚪ (@Viradourofc) February 26, 2020
Este é o segundo título da escola.
A escola de Niterói foi campeã do Grupo Especial do Rio há 23 anos. No ano passado, chegou a vice-campeã com um enredo sobre histórias encantadas.
O desfile mostrou as atividades que as Ganhadeiras exerciam: lavar roupa, carregar e vender água, cozinhar e vender alimentos, costurar, vender bugigangas etc. Essas mulheres foram exaltadas no desfile como aquelas que primeiramente representaram o “Mulherismo africano no Brasil”, pela força que tiveram para ir atrás da liberdade e pela importância para a cultura da Bahia.
Foi o primeiro desfile dos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcisio Zanon juntos na Viradouro. A rainha cantora Margareth Menezes desfilou como destaque do carro que lembrou as cirandas de roda à beira do mar aberto, uma contribuição das Ganhadeiras à música baiana.
As Ganhadeiras de Itapoã, homenageadas pela #Viradouro, eram as mulheres negras que prestavam serviços para ganhar dinheiro e assim comprar a alforria dos escravos. Mulheres Negras históricas! #Ganhadeiras pic.twitter.com/mmxKsUVYjw
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) February 24, 2020