Por Rose Chalfoun
PALAVRAS
Para onde vai essa estrada, moço?
As palavras jamais revelarão!
Algumas coisas foram feitas para acontecer.
Das engrenagens dessa estrada,
Nada se pode esclarecer.
De repente, ao sabor do vento as veredas surgirão
Grandes mistérios em seu interior agasalhados
Entre os ramos, entre as pedras, esmigalhados
Se agigantarão…
Aos poucos, do ansioso peito a voz clama
Para onde vai essa estrada, moço?
Tão iluminada e tão sombria como o meu coração!
As palavras jamais revelarão!
Silencias, por quê?
Apenas quero sentir se pela estrada for, por suas veredas…
Encontrarei a felicidade? Recuperarei as minhas perdas?
Decifrarei os mistérios que também são meus?
Verdadeiros espelhos da alma de um passante!
Silencias, por quê?
Mesmo sem as suas respostas,
Eu continuo a caminhada
No descaminho
Veja onde estou!
Por aqui, sem rumo e mal guiado
Sem forças, mas esperançado.
Por favor, vento que se agita pela estrada
Não apague a luz que se faz fraterna
De uma lanterna que ora é o farol
A me guiar…
Para onde vou nessa estrada, moço?
Silencias, por quê?
Rose Chalfoun
Membro da Academia Mineira de Belas Artes AMBA
Secretária Geral da Academia Lavrense de Letras ALL