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Oriente Médio em alerta máximo – Coronavírus mata membro da alta cúpula do governo no Irã

Por Jornal Clarín Brasil/JCB – 02/03/2020 às 09h01min

  • O relatório disse na segunda-feira que Mohammad Mirmohammadi, membro do Conselho de Conveniência, morreu no Irã
  • O Ministério da Saúde do Kuwait disse que identificou 10 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas
  • A morte da liderança politica, ocorre quando outras autoridades de alto escalão contraíram o vírus no Irã, que tem o maior número de mortos no mundo depois da China, o epicentro do surto.
Mohammad Mirmohammadi – morreu vítima da doença

Outros países do Oriente Médio relataram na segunda-feira novos casos de coronavírus (COVID-19), enquanto a doença continua se espalhando pelo mundo.

Os governos pediram que as pessoas seguissem medidas de precaução para ajudar a combater a disseminação do vírus, inclusive evitando espaços públicos lotados.

Atualizações abaixo.

A imprensa oficial do Irã comunica o estado de alerta
  • Sessenta e seis pessoas morreram e 1501 foram infectadas por coronavírus no Irã, disse a vice-ministra da Saúde Alireza Raisi em um anúncio na TV estatal.
    “Os últimos números definitivos que temos são 523 novas infecções e 12 novas mortes. Portanto, o número total de pessoas infectadas é 1501 até agora e o número de mortes é 66”, disse ele.
  • A Arábia Saudita ainda está livre de casos de coronavírus, anunciou o Ministro da Saúde da Arábia Saudita Tawfiq Al-Rabiah durante uma conferência de imprensa.
    Mais de 290 pessoas anteriormente suspeitas de ter a doença tiveram resultado negativo, acrescentou Al-Rabiah.
  • O Iraque detectou dois novos pacientes com coronavírus, os quais haviam visitado recentemente o Irã, informou o Ministério da Saúde na segunda-feira, elevando o total de casos registrados até agora para 21.
    Os dois novos casos foram detectados em Bagdá e voltaram recentemente de Irã, disse o ministério em comunicado. O primeiro caso foi detectado na terça-feira e era de um estudante iraniano que desde então foi enviado de volta para casa. Os outros 20 são todos iraquianos que estiveram recentemente no Irã. 
O pais é o segundo em números de vítimas, que podem ser maiores do que os números informados

A rádio estatal iraniana diz que um membro de um conselho que aconselha o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, morreu depois de adoecer devido ao novo coronavírus.
O relatório disse na segunda-feira que Mohammad Mirmohammadi, membro do Conselho de Expedição, morreu. Ele tinha 71 anos.
O conselho aconselha Khamenei, além de resolver disputas entre o líder supremo e o parlamento.
Sua morte ocorre quando outras autoridades de alto escalão contraíram o vírus no Irã, que tem o maior número de mortos no mundo depois da China, o epicentro do surto.

GUERRA DE INFORMAÇÕES

Tentando conter o surto do novo coronavírus, o Irã realizou na segunda-feira um briefing apenas online pelo seu Ministério das Relações Exteriores, quando a Grã-Bretanha começou a evacuar funcionários e famílias não essenciais do país que tem o maior número de mortos pelo vírus fora da China.
O Irã relatou 978 casos confirmados do novo vírus, com 54 mortes pela doença que causa, chamada COVID-19. Em todo o Oriente Médio, existem mais de 1.150 casos do novo coronavírus, a maioria dos quais está ligada ao Irã.
Especialistas temem que a porcentagem de mortes por infecções no Irã, cerca de 5,5%, seja muito maior do que em outros países, sugerindo que o número de infecções no Irã pode ser muito maior do que os números atuais mostram.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Abbas Mousavi abriu a entrevista coletiva on-line sobre o surto, negando uma oferta de ajuda ao Irã pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.
“Nós não contamos com essa ajuda nem estamos prontos para aceitar ajuda verbal”, disse Mousavi. Ele acrescentou que o Irã sempre suspeitou das intenções dos EUA e acusou o governo dos EUA de tentar enfraquecer o espírito dos iranianos durante o surto.
Enquanto isso, a Embaixada Britânica iniciou evacuações sobre o vírus.
“A equipe essencial necessária para continuar o trabalho crítico permanecerá”, disse o Ministério das Relações Exteriores britânico. “No caso de a situação se deteriorar ainda mais, a capacidade da Embaixada Britânica de prestar assistência a cidadãos britânicos do Irã pode ser limitada.”

O porta-voz do Ministério da Saúde Kianoush Jahanpour tenta acalmar a imprensa Internacional que vê como grave, o caso do Irã

Enquanto o Irã fechou escolas e universidades para impedir a propagação do vírus, os principais santuários xiitas permaneceram abertos, apesar das autoridades civis pedirem que eles sejam fechados. As cidades sagradas de Mashhad e Qom, em particular, que abrigam santuários, foram atingidas pelo vírus. Os xiitas freqüentemente tocam e beijam santuários como um sinal de sua fé. As autoridades estão limpando os santuários com desinfetantes.
A polícia prendeu um homem que postou um vídeo mostrando-se lambendo o cadeado que tranca o santuário do Imam Reza em Mashhad, o mais importante santo xiita enterrado no país, segundo relatos de agências de notícias semi-oficiais. No vídeo, o homem disse que lambeu o metal para “permitir que outras pessoas visitem o santuário com tranqüilidade”.

  • O Ministério da Saúde do Kuwait anunciou mais 10 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, elevando o total para 55.

Os pacientes foram transferidos para um hospital designado, onde serão isolados e receberão tratamento.

O ministério renovou seu comunicado dizendo às pessoas para evitar espaços públicos lotados e pediu que as pessoas pratiquem cautela.

*Conteúdo Agência de Notícias do Irã


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