Objetivo é garantir dados corretos sobre a doença
Por Jornal Clarín Brasil/JCB – Belo Horizonte em 04/03/2020 às 14h19min
O Facebook vai fornecer aos seus utilizadores anúncios gratuitos da Organização Mundial de Saúde (OMS), para combater a desinformação existente em torno do novo coronavírus. O objetivo é garantir que as pessoas sejam corretamente informadas dos riscos que correm e do modo como devem reagir à epidemia.
“Nós estamos dando à OMS a oportunidade de divulgar seus anúncios de forma gratuita, tal como ela necessita, para dar resposta ao coronavírus, juntamente com outros apoios do gênero”, garantiu o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, na terça-feira (3).
Os utilizadores que fizerem pesquisa sobre o vírus no Facebook vão ser direcionados, através de um pop-up, para a OMS ou para a autoridade de saúde local. A ligação ocorre de forma automática e fornece aos leitores as informações mais recentes, explica ainda o fundador da plataforma digital.
Caso os utilizadores vivam num país onde foram confirmados casos de contágio, a plataforma passa a enviar para os seus feeds notícias com atualizações sobre os infectados.
A empresa pretende também remover todas as alegações e teorias falsas sobre o tema dos seus conteúdos. Para tal, o Facebook está sendo ajudado por especialistas de saúde e deverá também dar apoio a outras organizações mundiais.
No mês passado, a empresa proibiu anúncios de produtos alusivos à cura ou prevenção do vírus.
Outras plataformas digitais estão também tomando medidas em relação à desinformação sobre a epidemia. Pesquisas realizadas no Pinterest por “coronavírus” são encaminhadas para uma página com informação fidedigna do vírus. Na semana passada, a OMS criou também uma conta na aplicação TikTok no combate à desinformação.
Coronavírus e a desinformação
Do mesmo modo que a OMS tenta conter o alastramento da epidemia, procura também impedir que a desinformação sobre o vírus aconteça. O movimento em torno das informações falsas já é conhecido como “infodemic”.
O fluxo de informações pouco rigorosas ou falsas que se dispersam a alta velocidade pelas redes sociais está sendo encarado como um problema sério para a saúde pública.
“Sabemos que cada surto será acompanhado por uma espécie de tsunami de informação, mas no meio desta informação há sempre desinformação, rumores”, salientou a responsável pelo departamento de preparação para o risco de infeções da OMS, Sylvie Briand, à The Lancet.
Já não basta divulgar a informação de forma correta, é preciso muito mais ter a certeza de que as pessoas estão informadas e que sabem qual a forma certa de agir, acrescentou a responsável do departamento de infecções.
Esta onda de desinformação atingiu o auge a partir do momento em que foi declarada emergência de saúde pública à nível internacional.
NÃO REPASSE mensagens como este vídeo em que homem que se diz médico fala sobre prevenção contra o novo coronavírus. Esta e várias outras Fake News surgiram nos últimos dias.
Não há qualquer comprovação da veracidade do que ele diz sobre a China. Além disso, não há evidências científicas que mostrem que vitamina C, vitamina D, inhame, própolis ou banhos “quente/frio”, chá de erva doce sejam prevenções eficazes contra o novo coronavírus.
As recomendações de prevenção feitas pelo Ministério da Saúde são:
- Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas
- Realizar lavagem frequente das mãos
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
- Não compartilhar objetos de uso pessoal
- Manter os ambientes bem ventilados
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
Para saber mais sobre a doença, acesse: saude.gov.br/novo-coronavirus
*Conteúdo RTP (emissora pública de televisão de Portugal) – Ministério da Fazenda Brasil e Jornal Clarín Brasil/JCB