Brasil Mercados/Negócios Plantão Policial

CORONEL IBIS X GABRIEL MONTEIRO – QUEM ESTÁ COM A RAZÃO?

Por Jornal Clarín Brasil/JCB – Belo Horizonte em 06/03/2020 às 12h36min

Após a postagem do vídeo do youtuber Gabriel Monteiro, que também é policial militar, revelando que perdeu o porte de arma e o direito à identidade funcional da corporação depois de se envolver em uma polêmica com o ex-comandante geral da Polícia Militar, Ibis Silva Pereira, o coronel emitiu uma nota rebatendo as acusações feitas pelo soldado da PM.

Gabriel Monteiro sofreu as sanções após tratar o coronel Ibis “de forma desrespeitosa, em pelo menos duas ocasiões”, tendo filmado-o “sem autorização”.

O coronel disse que o yotuber o acusou sem ter fundamentos e tornou públicas as questões internas das corporações militares. Além disso, comentou que a ação do PM foi feita em busca de holofote.

“Questões internas das corporações militares não devem ser comentadas publicamente por seus agentes. De qualquer maneira, um policial que acusa o outro sem fundamento e materialidade joga contra a memória e honra da corporação. Trata-se de uma ação leviana, descomprometida com o bem da instituição, em busca de holofotes em um ano eleitoral”, disse o coronel Ibis.

Segundo o processo do qual o youtuber foi alvo, Gabriel se passou por um estudante da Pontifícia Universidade Católica (PUC) para falar com o coronel na Alerj. O PM alegou que teria que falar com o coronel fora do gabinete por estar de bermuda e, ao chegar ao local, percebeu que o youtuber estava gravando um vídeo para o seu canal, questionando atitudes do ex-comandante.

Gabriel respondeu por transgressão disciplinar de natureza grave e perdeu o porte de arma. O youtuber disse nesta quinta-feira (5) que está em processo de expulsão da PM por ter questionado o ex-comandante sobre uma possível ligação com o tráfico em áreas do Comando Vermelho.

Veja abaixo a nota com o posicionamento do coronel Ibis Pereira

“Questões internas das corporações militares não devem ser comentadas publicamente por seus agentes. De qualquer maneira, um policial que acusa o outro sem fundamento e materialidade joga contra a memória e honra da corporação. Trata-se de uma ação leviana, descomprometida com o bem da instituição, em busca de holofotes em um ano eleitoral.

Nesses 33 anos de Polícia Militar, eu honrei a farda e aprendi que a corporação é um importante elemento de coesão social. Um policial precisa ser, acima de tudo, alguém que cuida da lei e da sociedade, não que a transgride para fins de projeção pessoal. O que torna essa profissão incompatível com qualquer tipo de desrespeito com relação ao outro.

Acredito no diálogo como um elemento fundamental para aproximar as pessoas. Nunca me neguei a dialogar na esfera pública, de forma democrática e civilizada, como um bom policial deve fazer. Tenho, como cidadão, o dever de manter o respeito como diretriz de minha conduta, bem como tenho o direito e o compromisso de garantir que minha história de vida, pessoal e profissional, não seja difamada”.

Curta,compartilhe e siga-nos:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *