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Uma andorinha sozinha não faz verão. E o vírus? – Por Eluciana Iris

ACADEMIA MINEIRA DE BELAS ARTES – Eluciana Iris

Uma Andorinha Sozinha Não Faz Verão. E O Vírus?

Saudosismo é uma coisa que não sai de moda.

Para sempre lembraremos da música do Trio Parada Dura, genuinamente brasileiros:

“As andorinhas voltaram

E eu também voltei

Nós somos andorinhas

Que vão e que vem

À procura de amor

Às vezes volta cansada

Ferida, machucada

Mas volta pra casa

Batendo suas asas

Com grande dor”

(Trio Parada Dura, 1985)

As andorinhas são seres vivos, vista a olho nu, da família Hirundinidae, de beleza e elegância invejáveis.

São aves migratórias por excelência, tem o canto peculiar, sendo monogâmicas e fiéis aos seus companheiros. De apetite voraz, têm como cardápio preferido os insetos, tornando-se excelentes controladoras desse tipo de população.

Vivem em harmonia com os seres humanos. Não são adeptas à solidão.

Voam longe, passam pela América do Sul, do Norte, África, Oceania entre outros continentes, em busca de alimentos,

As andorinhas quando percebem que o inverno chegou, fazem suas “malas” e migram, “asas para que te quero”.

Sábias, sempre vão em grupos grandes ou pequenos, com a intenção de defender-se melhor dos predadores e inimigos na longa jornada.

A união faz a força!

Amam o Brasil, o calor tropicaliente as atrai o que faz com que as vejamos em vários estados.

Diz a lenda que, enquanto Jesus Cristo foi crucificado, um grupo de andorinhas se aproximou e começou a remover os espinhos da coroa. Desta forma, elas aliviaram seu sofrimento, deste então são consideradas animais sagrados.

Outro viajante por vários países que, recentemente, migrou assustadoramente, mas que não pegou carona com as andorinhas, é o vírus apelidado de “corona” (COVID-19), por ter uma aparência de coroa de espinhos.

O vírus já está no Brasil e nem é verão.

Alguns cientistas dizem que é um ser vivo, outros dizem que não. Pano pra manga esse ser invisível de um “gênio” complicado. Tem até quem defenda que ele não é mau.

Há informações de que ele é diferente dos seres que vemos e conhecemos, não come, não respira, não é fiel a nada, não reproduz e nem anda por aí sozinho, muito menos tem asas para voar.

E ainda tem uma “carta na manga”, consegue sofrer mutações e adaptar-se a vários ambientes. Cruz credo! Existe mesmo algo desta natureza? Aí a nossa cabeça pira! O que é isso então?

Outra informação: ele precisa de hospedeiro para se multiplicar. Hospedeiro? Agora complicou tudo! Hospedeiro é quem o abriga, podendo ser uma bactéria ou uma célula de humanos ou animais. Dentro desta célula ele faz outro igualzinho a ele, pois somente vive no interior de quem o hospeda.

Um ser ou não ser que fica até difícil de referir-se a esta indelével, inodora e insipiente criatura.

Pois bem, se ela vive em hospedeiro e não tem asas iguais as andorinhas, como ela vai de um corpo para outro?

Eis a questão.

Basta um simples espirro, tosse, aperto de mãos que lá vai o vírus entrando em outra hospedagem.

É sem educação mesmo, não pede licença, faz sua moradia, sem pagar nada a você.

Aliás, você pagará um preço alto, pois ele vai se multiplicar e seus seres, habitantes naturais do corpo, as células de defesa, não terão armas e nem argumentos suficientes para combatê-lo

Não haverá juiz que concederá uma ordem de despejo a este “corona” intrometido violador de células, que não são de sua propriedade. E Pode lhe custar seu bem mais precioso, a sua vida.

Diante desta magnitude de prejuízo e fatalidade, temos que nos unirmos iguais as andorinhas, uma vez que a união faz a força e ajuda a nos defendermos do inimigo e predador invisível.

Se nós seres humanos estamos infligindo dor e sofrimento uns aos outros, permitindo o “corona” se abrigar em nossas células, É hora de um BASTA. Não vamos dar a ele munição para sua perpetuação.

Somos acostumados a viver em sociedade, ficarmos juntos, comer em família, sair com os amigos, celebrarmos tudo, pois essa é nossa cultura e somos felizes. Há algo de errado nisso?

Vamos fazer do nosso país o melhor dos mundos agora, e qual é este melhor agora? O ideal é nos isolarmos e não darmos o gostinho de vitória e “este ser ou não ser”, não importará mais.

Não teremos no futuro uma lenda igual à das andorinhas que tiraram os espinhos de Jesus, mas teremos a real história que nos unimos e combatemos o mal que nos assola e nos devora muitos seres humanos.

Faça sua parte, dói pouco, às vezes dói muito isolar, aparecem sentimentos misturados de tristeza, abandono, histeria, insegurança, medo…. Uma parte da nossa mente acredita que vai dar certo, outra parte fica pessimista.

Oremos e tenhamos forças para seguir no combate.

Platão levantou uma questão paradoxal: até que ponto somos livres de controles externos que nos impedem de fazer o que queremos e até que ponto temos controle interno para comandar nosso próprio destino? Resposta complexa.

É certo que, dentro de nós, a qualquer momento pode habitar um controle interno que não teremos as rédeas para parar ou controlá-lo. Portanto, fica o alerta para a humanidade: tome as rédeas de suas vidas, faça agora, não deixe para depois.

O controle externo terá a missão de barrar o destino que não queremos – a morte – uma vez que ela não faz parte de nossos planos.

Desculpe-me os cientistas, mas vejo este vírus como um monstro pior que Quimera, Empusa, Cerberus, Medusa, Charybdis e Scylla, todos juntos não chegam ao poder de destruição e malignidade deste “duas caras”, que parece bonzinho e tem a força das trevas de Thanatos.

Vamos fazer o verão como as andorinhas, podemos até passar pelo inverno, às vezes machucados, com dor e sofrimento.

Que tal as copiarmos e aliviarmos os sofrimentos dos nossos irmãos? Não precisamos de títulos sagrados e sim sermos solidários.

Tenhamos esperança para juntos vencermos!

Seja como um promontório rochoso, contra o qual as ondas inquietas quebram e voltam a quebrar; resiste até que o mar agitado ceda e descanse aos seus pés” Marco Aurélio (DC.170-180)

Em tempo: Há no Brasil outros vírus que não são recém-chegados, podem invadir seu corpo a qualquer momento. Eis uma lista dos “meliantes”:

Catapora

Caxumba

Chikungunya

Dengue

Febre Amarela

Gripe (Influenza)

H1N1

Hepatite A, B, C

Herpes

HIV

HPV

Poliomielite

Raiva

Resfriado

Rubéola

Sarampo

Varíola

Zika

Previna-se!

A maioria tem VACINA


Eluciana Iris Almeida Cardoso é natural de Campo Belo-MG, Brasil. Reside em Belo Horizonte, é escritora, poeta, nutricionista, professora, palestrante, bacharel em direito

Membro do Núcleo de Letras Y Artes de Buenos Aires. 

Membro da Academia Luminiscence Francesa 

É Vice-Presidente da Academia Mineira de Belas Artes 

Escreve quinzenalmente para o Jornal Clarín Brasil

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