Publicar um livro
Por Ângelo Roberto
Em meu artigo anterior, nesta coluna do Jornal Clarín Brasil, falei sobre a significação que pode constituir-se para aquele que venha a escrever um livro. Sobre o quanto desafiante pode ser essa empreitada e as responsabilidades advindas da publicidade dada ao conjunto de ideias propagadas através deste veículo comunicativo. Bem como, das dificuldades para a viabilização do ideal de realmente publicar o livro composto.
Conforme combinado, na presente exposição, falarei partindo da minha modesta experiência com relação a livros fomentados, organizados, revisados e também efetivamente publicados. Cumpre destacar, porém, que estas participações não foram nenhum em linha estritamente comercial.
Apesar de todos as notórias dificuldades para a realização pelo registro bibliográfico da produção de um autor, buscarei listar algumas possibilidades. Preliminarmente, tratarei da mais tradicional e ambicionada forma: a publicação custeada totalmente por uma editora, com toda a expertise desta, e rendendo royalties da vendagem para o autor. Sendo o preponderante ideal, depende obviamente de mais exigentes requisitos. Em seleção mais criteriosa, são examinados a priori a potencialidade de atratividade e consistência da trama, correspondência ao provável público-alvo idealizado, o vislumbre de amplitude de possibilidade para exploração dos personagens propostos, dentre outros atributos. Como já pressentido- e que se era de esperar – para o escritor iniciante, menos técnico, e que cuja a obra tenha sido menos lapidada, conseguir ser eleito nesta aposta editorial. Afora o financiamento por editoras tradicionais, atualmente ocorrem também certo número de concursos literários que oferecem como premiação a publicação do conteúdo textual vencedor desses certames.
A segunda opção, sendo a mais natural, é a produção independente às expensas do próprio escritor. É certo que para muitos isto é bastante dificultoso e às vezes até mesmo impraticável. Mesmo assim, na tentativa de viabilização há escritores que dada a suas interações sociais e laços de amizade conseguem junto à sua comunidade o apoio cultural financeiro para o custeio do livro projetado. O reconhecimento ao imprescindível e valioso apoio, normalmente são registrados como agradecimentos grafados no livro e indicação inclusive de logomarcas de patrocinadores.
Além das modalidades precedentes, há também a alternativa de publicar fragmentos de produções em coletâneas e antologias, junto a vários outros integrantes. Mesmo que não abranja a íntegra da produção do autor, são extremamente positivas para a apresentação deste a um público mais numeroso e segmentado. Grande parte destas, são de custeio cotizado pelos participantes, no entanto, há também algumas gratuitas virtuais ou mesmo impressas.
Uma outra forma, acreditamos que raramente identificada, é a publicação de livros-solo subsidiadas em parte por algum coletivo associativo, sendo muito comum pelas diversas academias de letras. Estas associações, predominantemente sem fins lucrativos, fornecem grande apoio como na organização, revisão, apoio para a publicação e ainda em viabilização de solenidades de lançamentos. São incontáveis os escritores que tiveram a sua primeira obra (ou mesmo sequenciais) publicadas através dessas organizações. A título de exemplo a Academia Matozinhense de Letras, Ciências e Artes (AMALETRAS) desde 2014 concretizou o apoio para a publicação de livros de 9 autores e no presente momento trabalha no encaminhamento de mais 9 livros-solo. Mediante intercâmbios junto a outras instituições congêneres, facultou a participação de escritores em várias publicações coletivas. Um destas, a Coletânea Escritores do Vetor Norte da RMBH dado ao sucesso da primeira edição está sendo produzida a versão de 2020, igualmente em parceria com a Academia Mineira de Belas Artes (AMBA). Uma inequívoca demonstração de que, mais que um clichê, “a união faz a força”.
E você, caro leitor, tem aí seus escritos e projetos de publicação de um livro pra chamar de seu? Ou se não tem este ainda esboçado, por que não expressar a todo mundo também a sua história?
Ângelo Roberto é Bacharel em Língua Portuguesa pela UFMG. Escritor, poeta e acadêmico em Academias de Letras, regionais, nacionais e internacionais. Desde 2009 preside a Academia Matozinhense de Letras, Ciências e Artes (AMALETRAS).
Muito importante ,você que escreve ,mas não sabe como publicar , siga o Conselho do escritor Ângelo Roberto, ele pode lhe auxiliar, aproveite para colocar à mostra seus scripts!!!
Parabéns Escritor Matozinhense Ângelo Roberto, muito bom!!!