O artista cumpriu com maestria o seu papel no grande palco da vida, e por todas as emissoras e produções pelas quais atuou
Por Jornal Clarín Brasil JCB – Belo Horizonte 06/08/2020 às 08h32min
O ator mineiro, Gésio Amadeu, de 73 anos, faleceu nesta quarta-feira (05), vítima de Covid-19. Ele foi diagnosticado no início de junho e encontrava-se internado em um hospital de São Paulo. A esposa do ator confirmou a notícia em entrevista à Revista Quem.
Com mais de 50 anos de carreira no currículo e conhecido por papeis de destaques, como nas novelas “Terra Nostra”, “Sinha Moça”, “Araguaia”, “Chiquititas”, “A Viagem”, “O Sítio do Pica-Pau Amarelo” e “Velho Chico”, seu último trabalho na Rede Globo, Gésio era mineiro, nascido em Conceição do Formoso, distrito de Santos Dumont, na Zona da Mata de Minas gerais.
Por sua brilhante carreira, ele tornou-se uma referência para vários atores negros.
Além dos trabalhos na televisão, Gésio Amadeu também teve destaque nos palcos e no cinema, além de haver mantido uma destacada trajetória nos teatros, com mais de 30 montagens de peças, entre elas, “O Coronel de Macambira”, “O Grande Grito”, “O Colecionador de Crepúsculos” e “Falecida e Boca de Ouro”, do escritor Nelson Rodrigues.
Em 2014, atuou na peça “A Última Sessão”, ao lado de grandes nomes como Etty Fraser, Laura Cardoso e Miriam Mehler, grandes nomes do meio artístico brasileiro.
O ator ainda atuou no filme clássico “Eles Não Usam Black-Tie”, de Leon Hirszman, ao lado de Gianfrancesco Guarnieri e Fernanda Montenegro, em 198, uma das produções mais marcantes de nossa história cinematográfica.
Sua última participação, irônicamente, foi em “Doutor Hipóteses, uma Alma Perdida na Pandemia”, rodado este ano durante a quarentena.
“Foi hoje, às 16h09. É um momento muito difícil. Só há coisas boas para falar dele”, disse a esposa, a dramaturga, atriz, diretora e professora, Gabriela Rabelo.
Uma grande perda para o mundo das artes.