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OMS envia voo humanitário ao Líbano com 20 toneladas de suprimentos

Material deve ser usado em 2 mil cirurgias e procedimentos médicos nas vítimas da explosão de terça-feira em Beirute, capital do país; representante da ONU no Líbano informou que US$ 9 milhões serão destinados a necessidades urgentes; explosão matou mais de 130 pessoas e feriu pelo menos 5 mil.

Por Agência ONU – Genebra 07/08/2020 às 14hs15min

Um voo da Organização Mundial da Saúde, OMS, chegou nesta quinta-feira a Beirute com 20 toneladas de ajuda humanitária após a explosão, que causou mais de 130 mortes e deixou mais de 5 mil feridos na área portuária da capital do país.

A agência informou que os suprimentos são suficientes para mil intervenções médicas em feridos graves e mil cirurgias para sobreviventes com ferimentos e queimaduras. Segundo agências de notícias, a explosão ocorreu num depósito do porto com nitrato de amônio, que havia sido estocado de forma insegura no local.

Grandes áreas de Beirute ficaram destruídas como resultado da explosão no porto da cidade, Unifil

Ajuda

A OMS está cooperando com autoridades de saúde, parceiros e hospitais para  avaliar as necessidades e garantir apoio imediato. 

Em comunicado, o representante da OMS no Líbano, Iman Shankiti, disse que a agência “continua sua missão de servir todas as pessoas” com serviços essenciais de resgate e de saúde.

Como resultado da explosão, três hospitais em Beirute ficaram inoperantes e dois estão parcialmente danificados. Vários centros de saúde estão sobrecarregados. E muitos pacientes começaram a ser transferidos para outras partes do país.

ONU anuncia apoio ao Líbano após explosões no porto de Beirute ...
Beirute

A agência da ONU lembra que a emergência está ocorrendo em meio a outros desafios como uma grande crise econômica, uma pandemia, protestos e um grande fluxo de refugiados.

Fundos

Em nota separada, a representante da ONU no Líbano, Najat Rochdi, informou que liberará US$ 9 milhões do Fundo Humanitário Libanês para atender necessidades imediatas. 

O objetivo é fortalecer a capacidade dos hospitais, expandindo unidades de cuidados intensivos e criando unidades quando necessário. Também serão distribuídos kits para traumas, ventiladores, suprimentos médicos e medicamentos. Unifil Chinmedcoy/Huang ShifengHospital da Unifil em Beirute, que está ajudando a tratar vítimas da explosão

Coordenação

A coordenadora residente disse que “com o surgimento de novos desafios, as Nações Unidas e seus parceiros foram mobilizados para fornecer assistência humanitária imediata.” 

Segundo Najat Rochdi, “esta crise requer o apoio de todos para superar o impacto arrasador da crise.” 

A coordenadora elogiou a mobilização de todas as agências da ONU e parceiros. Ela disse estar “profundamente comovida com a solidariedade das pessoas e os atos espontâneos de bondade demonstrados por moradores.” 

Já o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, está enviando equipes de emergência para o país, incluindo especialistas em busca e resgate e avaliação e coordenação de desastres.

Boinas-azuis da Unifil estão entre os feridos, by Unifil

Alternativas

Também esta quinta-feira, o porta-voz do secretário-geral da ONU informou que, com o porto de Beirute sem funcionar, a ONU e parceiros tiveram que fazer ajustes logísticos para manter a continuidade das operações. 

Segundo Farhan Haq, a ajuda deve redirecionada pelo porto de Trípoli. Uma mudança, que segundo ele, “pode ter consequências adversas para algumas cadeias de suprimentos, já que esse porto de Trípoli tem uma capacidade menor que o porto de Beirute”, onde ocorreu a explosão. Até o momento, o Aeroporto Internacional de Beirute permanece aberto para voos de passageiros e de carga. 

A Força Interina da ONU no Líbano, Unifil, também relatou que continua sua avaliação do navio da Força-Tarefa Marítima danificado pelas explosões. 

Esta quinta-feira, a liderança da missão visitou o navio e boinas-azuis de Bangladesh que ficaram feridos. Após as explosões, 23 soldados da Unifil foram hospitalizados, mas 18 já receberam alta. A ONU informou que dois capacetes azuis continuam em condições críticas, mas estáveis.

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