Os Estados membros exigem que as partes interessadas do Mali priorizem o diálogo para acabar com a crise
Por Jornal Clarín Brasil JCB – Belo Horizonte 19/08/2020 às 18hs58mins
O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente um “motim” militar na quarta-feira no Mali, que levou à detenção de altos funcionários do governo e suas famílias.
Os membros do conselho “exortaram os amotinados a libertar com segurança e imediatamente todos os oficiais detidos e a regressar aos seus quartéis sem demora” e apelaram às partes interessadas do Mali para priorizar o diálogo para acabar com a crise em curso.
A União Africana suspendeu a adesão de Mali na quarta-feira, depois que soldados destituíram o presidente e seu governo no dia anterior. A decisão de expulsar o Mali permanecerá em vigor até a restauração da ordem constitucional na nação da África Ocidental, disse.
Também exigiu que o presidente Boubacar Keita e outros altos funcionários fossem libertados.
A Nigéria condenou o golpe e exigiu uma “restauração imediata da ordem constitucional”.
Keita anunciou sua renúncia na terça-feira, após ser detido por soldados. O primeiro-ministro Boubou Cisse também foi detido.
As tensões surgiram no Mali em 2012 após um golpe fracassado e uma rebelião de separatistas tuaregues que finalmente permitiu que grupos militantes ligados à Al-Qaeda assumissem o controle da metade norte do país.
Keita, de 75 anos, chegou ao poder em 2013, mas foi criticado por alguns que dizem que ele não conseguiu protegê-los de ataques terroristas principalmente no norte e centro do país.
Mali, um dos países mais pobres do mundo, sofre com a presença de vários grupos terroristas, apesar da presença de franceses, malineses e soldados da paz da ONU que realizam operações antiterrorismo.
Um acordo de paz de 2015 entre o governo e os grupos rebeldes Tuareg não pôde ser implementado.
Fonte: Onu