Números crescentes indicam que de fato a epidemia volta a mostrar sua força letal no continente europeu e governos começam a alertar ao mundo sobre uma real possibilidade de uma “segunda onda”
Por Jornal Clarín Brasil JCB – Belo Horizonte em 19/09/2020 às 08hs26mins
PARIS – A França relatou nesta sexta-feira(18), 10.593 novos casos do novo coronavírus, contra 9.784 na quinta-feira.
O país registrou 50 novas mortes, o maior número desde a queda do pico do vírus no final de maio. O número de mortos na França agora é de 31.095.
#coronavirus #France
— FRENCH MOUSE GOES TO HOLLYWOOD ! (@MarfaingPascal) September 17, 2020
Olivier Véran , our heath Minister , said on television:
« THE PANDEMIA IS VERY ACTIVE AGAIN. » pic.twitter.com/UGH335jFkI
Além disso, aumentam as internações e as em terapia intensiva, com 3.223 pessoas internadas, das quais 535 estão em UTI.
Um total de 896 clusters de infecções foram identificados em todo o país, mais 84 nas últimas 24 horas. Destes, 143 são atribuídos a lares de idosos.
Na sexta-feira, a prefeitura de Paris divulgou um comunicado à imprensa, alertando as pessoas para permanecerem vigilantes sobre o uso de gestos de barreira em sua vida diária.
O ministro da Saúde, Olivier Veran, retomou suas instruções diárias sobre a pandemia na tarde de quinta-feira.
“A epidemia está muito ativa em toda a França novamente”, disse ele, enfatizando a necessidade de as pessoas evitarem se tornarem negligentes e reforçando o contato limitado, um dos principais fatores citados na propagação contínua do vírus.
“Estamos em uma situação, especialmente nas regiões que mencionei, em que só posso pedir que redobrem seus esforços, especialmente na redução do número de pessoas que você vê a cada dia”, disse Veran.
O presidente Emmanuel Macron dirigiu algumas palavras concisas ao ministro Veran durante uma reunião de ministros na quinta-feira(17) de manhã no Palácio do Eliseu. Ele resistiu ao desejo de Veran de impor restrições mais duras e advertiu seu ministro a “voltar para se dirigir a ele quando ele tiver que tomar uma decisão mais drástica”.
Na quinta-feira (17), a França também acrescentou as cidades de Lyon e Nice como zonas vermelhas do país. Novas medidas de saúde serão impostas nos dois municípios e serão reveladas no fim de semana pelas autoridades de saúde de lá. As cidades vêm ao lado de Marselha, Bordéus e Guadaloupe, o território ultramarino francês, como aquelas consideradas de alto risco.
Veran prometeu continuar a testar, rastrear e isolar os infectados com o coronavírus.
O teste é gratuito na maioria das cidades e vilas e está disponível sem receita médica.
Veran e o Ministério da Saúde estabeleceram uma meta de aumentar os testes para um milhão por semana, que foi alcançada.
“Precisamos aprender a conviver com o vírus por mais alguns meses”, disse ele.