Tão complexo quanto a um jogo de Poker, e diferente dos demais modelos, a cada quatro anos a disputa norte-americana causa estranheza aos demais países
Por Jornal Clarín Brasil JCB – Belo Horizonte em 04/11/2020 às 15hs05mins
A escolha para presidente dos Estados Unidos da América não depende essencialmente da maioria dos votos da população, como a maioria das pessoas o sabem ao longo do mundo. Naquele modelo, é o Colégio Eleitoral do país, composto por 538 delegados (legisladores, funcionários ou lideres dos partidos), que decide quem vai assumir a presidência por quatro anos consecutivos.
Para vencer, o candidato precisa de 270 votos, e a votação dos delegados é realizada na primeira segunda-feira depois da segunda quarta-feira de dezembro – que, neste ano, cai no dia 14 do próximo mês. Em algumas localidades eles são aconselhados a respeitar o voto da maioria da população de seus estados, o que nem sempre acontece, e pode render sérias punições.
Quanto maior o número de habitantes de determinado estado, maior o número de delegados. Nesse sentido, contando com um maior número de eleitores, Califórnia e Texas têm grande peso na disputa. Há outro fator a ser levado em conta: cada região detém maioria democrata ou republicana, tendência que se manteve inflexível ao longo das últimas décadas, é uma questão, pode se dizer, até cultural. Por isso, os chamados estados-pêndulo (que não apresentam orientação rígida, como Pensilvânia ou Flórida) podem influenciar num eventual resultado surpresa ou decidir um empate.
Esse “estranho” sistema de eleições norteamericanas vigora há mais de 130 anos, e por algumas vezes causou confusão até mesmo entre os candidatos. Dirimidas todas a dúvidas e conferidos todos os votos, o presidente eleito assume a Casa Branca no dia 20 de janeiro.