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A Escócia torna-se o primeiro país do mundo a garantir gratuidade de produtos higiênicos menstruais para combater a ‘pobreza do período’

“A Escócia não será o último país a deixar a pobreza do período para a história, mas temos a chance de ser os primeiros”

Por Jornal Clarín Brasil JCB News – Belo Horizonte em 27/11/2020 às 11hs01min

Escócia anunciou no início dessa semana, que tornou os produtos de higiene feminino gratuitos para todas as mulheres, tornando-se a primeira nação do mundo a dar esse passo contra a chamada “pobreza do período”, ou seja, quando a mulher menstrua, e coincide de não dispor de valores que a permita se precaver.

A medida disponibilizará absorventes internos e absorventes higiênicos em locais públicos designados, como centros comunitários, clubes juvenis e farmácias, a um custo anual estimado para os contribuintes de 24 milhões de libras (US $ 32 milhões), ou R$172 milhões em moeda brasileira.

O projeto denominado The Period Products (Free Provision) Scotland Bill foi aprovado por unanimidade pelo congresso daquele país, e a primeira ministra, Nicola Sturgeon, chamou-o de “uma política importante para mulheres e meninas”.

“Orgulho de votar por esta legislação inovadora, tornando a Escócia o primeiro país do mundo a fornecer produtos do “período” gratuitos para todos que precisam deles”, postou Sturgeon no Twitter.

Durante o debate, a proponente do projeto de lei, a deputada trabalhista escocesa Monica Lennon, disse: “Ninguém deveria se preocupar com a origem de seu próximo tampão, absorvente ou reutilizável.

PARLIAMENT: MONICA LENNON WINS FIGHT TO END PERIOD POVERTY – THE DUMBARTON  DEMOCRAT
A proponente do projeto de lei, a deputada trabalhista escocesa Monica Lennon – Imagem: Reprodução

“A Escócia não será o último país a deixar a pobreza do “período” para a história, mas temos a chance de ser um dos primeiros”, disse ela.

Em 2018, já na vanguarda, a Escócia se tornou o primeiro país a fornecer produtos sanitários gratuitos em escolas, faculdades e universidades.

Cerca de 10% das meninas na Grã-Bretanha não têm conseguido comprar produtos higiênicos, de acordo com uma pesquisa da organização de caridade infantil Plan International em 2017, com ativistas alertando muitas faltas às aulas como consequência.

Os produtos sanitários no Reino Unido são tributados em 5%, um tributo que as autoridades atribuíram às regras da União Europeia (UE) que estabelecem alíquotas de impostos sobre certos produtos.

Agora que a Grã-Bretanha deixou a UE, o ministro britânico das Finanças, Rishi Sunak, disse que aboliria o “imposto sobre absorventes” em janeiro de 2021.

Fonte: Agencia Estatal da Escócia

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