‘Há muito tempo Pequim tem a ambição de igualar os EUA como a nação mais poderosa e influente do mundo’, diz o relatório
Jornal Clarín Brasil JCB News – Belo Horizonte em 02/12/2020 às 18hs19mins
A China está engajada em uma competição global por poder, influência e ideologia com Washington e quer ultrapassar os EUA na economia, tecnologia, militar e diplomacia, de acordo com um relatório na quarta-feira.
O relatório surge em meio às duas maiores potências mundiais envolvidas em um conflito comercial e ao novo coronavírus que surgiu na China, prejudicando a economia dos Estados Unidos e o resto do mundo.
Enquanto os dois países se opuseram a transferência de tecnologia, propriedade intelectual e segurança cibernética, as capacidades da China têm aumentado no sudeste da Ásia, onde está construindo bases militares.
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— フランクリンジョセフキャンパー (@9ylHAdefX3wFZR8) November 29, 2020
“Por meio de seus esforços de modernização, a China emergiu como um rival econômico sem precedentes e uma ameaça militar crescente, capaz de infligir graves danos aos EUA e seus aliados e parceiros”, segundo o relatório da Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China apresentado ao Congresso.
“O governante Partido Comunista Chinês (PCC) considera os valores democráticos liberais defendidos pelos EUA como um impedimento fundamental para suas ambições externas e uma ameaça existencial para seu domínio doméstico”, disse o documento.
Ambição chinesa de se igualar aos EUA
Algumas descobertas importantes argumentaram que o PCC busca revisar a ordem internacional para estar mais alinhado com seus interesses e regime, e tem como objetivo estabelecer um sistema internacional no qual Pequim possa influenciar confortavelmente o comportamento e os mercados de outros países.
Ele também afirmou que o PCC tentou usar a pandemia COVID-19 para se promover como um líder global e para provar que sua ideologia de “socialismo com características chinesas” é superior à democracia liberal.
“Há muito tempo Pequim tem a ambição de igualar os EUA como a nação mais poderosa e influente do mundo”, disse o relatório. “Nos últimos 15 anos, à medida que suas proezas econômicas e tecnológicas, influência diplomática e capacidades militares cresceram, a China voltou seu foco para superar os EUA.”
Pedidos do Congresso
O relatório incluiu 19 recomendações para consideração pelo Congresso, das quais 10 foram consideradas as mais importantes para se pensr em alguma ação.
O Congresso deve fornecer um relatório detalhado sobre as ações da China à ONU, examinar as ações de Pequim que são contra os interesses econômicos e de segurança nacional dos EUA e as violações dos direitos humanos da China.
O relatório solicita ao Congresso que examine os programas de transferência de tecnologia de Pequim, violações das leis dos EUA, vistos de não-imigrantes dos EUA para cidadãos chineses, bolsas de estudo para estudantes chineses em universidades dos EUA para estudo em campos científicos e tecnológicos estratégicos.
Também pediu ao Congresso que examinasse as intenções de Pequim na África, o sistema financeiro chinês e seus riscos para os EUA, as atividades de saúde e biotecnologia e as relações da China com Taiwan e Hong Kong.
O relatório sugere que o Congresso amplie a autoridade da Federal Trade Commission (FTC) para garantir que as empresas estrangeiras sejam mais transparentes sobre as finanças e operações nos mercados dos EUA.
“A FTC deve desenvolver um processo para determinar até que ponto as transações propostas são facilitadas pelo apoio de subsídios do governo estrangeiro”, disse o documento.
“As empresas que operam nos Estados Unidos e que se beneficiam do apoio financeiro de um governo estrangeiro devem fornecer à FTC uma contabilidade detalhada desses subsídios quando se submetem aos procedimentos pré-emergentes da FTC”, acrescentou.
