Arrependido, Marcelo tentou se retratar com Ramos e colocar panos quentes na discussão, admitindo que se excedeu, porém, já era irremediável sua situação
Por Jornal Clarín Brasil JCB News – Belo Horizonte em 09/12/2020 às 15hs33mins
Marcelo Álvaro Antônio, que era um dos intocáveis no corpo ministerial de Jair Bolsonaro, acaba de ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro no início da tarde desta quarta-feira. O ex-Ministro foi informado da decisão em reunião pouco depois das 14h, no Palácio do Planalto, que não constava na agenda presidencial. A informação da demissão foi antecipada pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim.
Minutos do anúncio da saída de Álvaro Antônio, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Gilson Machado, chegou às pressas ao Planalto para encontrar Jair Bolsonaro.
Esta é a primeira troca no Turismo desde o início do governo De Jair Bolsonaro. Marcelo Álvaro Antônio, que é deputado federal licenciado pelo PSL de Minas Gerais, era aliado do presidente desde os tempos da Câmara dos Deputados., e foi um dos responsáveis por organizar o PSL em seu estado, onde ele próprio obteve expressivos números de votos, assim como Jair Bolsonaro enquanto candidato à presidência.
Rumores dão conta de que a demissão ocorreu um dia depois de o ministro do Turismo usar um grupo de WhatsApp que reúne todos os ministros do governo federal para atacar o chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do Planalto. A briga foi confirmada à reportagem por três fontes, depois de ser revelado pela coluna Radar, da revista “Veja”, e segundo as fontes, ambos vinham se desentendendo já há algum tempo.
Testemunhas alegam que Marcelo Álvaro Antônio acusava Ramos de conspirar contra ele, para tirá-lo do cargo de ministro do turismo, nomeação recebida de Bolsonaro, como forma de gratidão pela parceria prévia às eleições de 2018.
Jair Bolsonaro, segundo as fontes, teria se irritado ao ver a exposição de mais uma briga entre integrantes de seu governo. O ministro do Turismo então voltou ao grupo para se retratar com Ramos e colocar panos quentes na discussão, admitindo que se excedeu, porém, já era irremediável sua situação.
Marcelo, naturalmente voltará a ocupar sua cadeira de deputado, e ainda não se sabe qual será seu posicionamento em relação ao governo de agora em diante.