Os especialistas não esperam que nesta lista de perdão inclua o próprio nome de Trump, depois de ele ser acusado mais uma vez por violação do Capitólio dos EUA
Por Jornal Clarín Brasil JCB News – Belo Horizonte em 18/01/2021 às 13hs35mins
Nas últimas horas de seu mandato, o presidente cessante dos EUA, Donald Trump, supostamente está planejando emitir cerca de 100 indultos ou permutas nessa terça-feira, que é seu último dia à frente do governo.
CNN Internacional, informou nesta segunda-feira (18) que a Casa Branca realizou uma reunião no domingo (17) para finalizar a lista de indultos e, por enquanto, não se espera que seja incluído o próprio nome de Trump.
Donald Trump está se preparando para seu segundo julgamento de impeachment no Senado, a primeira vez na história que um presidente dos estados Unidos foi acusado por duas vezes, pelo mesmo motivo, e neste caso, sua participação e culpa no violento levante que redundou com a invasão do Capitólio em Washington, no último 06 de janeiro.
Embora assessores do presidente tenham dito à CNN que perdoar a si mesmo está fora de questão, ainda não está claro o que Trump fará com seu último ato de poder presidencial.
Espera-se que nas emissões incluam “uma mistura de perdões voltados para a reforma da justiça criminal e outros mais controversos garantidos ou distribuídos a aliados políticos”.
O lote final da ação dessa clemência coletiva, deve ser concluído antes da transferência do poder na quarta-feira, quando o poder presidencial passará para os mãos do presidente eleito, Joe Biden.
Tradicionalmente, os EUA perdoam criminosos de guerra
No final de dezembro, Donald Trump anunciou uma onda de indultos para criminosos de guerra norte-americanos condenados por matar civis em ações no Iraque e no Afeganistão.
A clemência executiva de Trump continuou estendida a inúmeros militares polêmicos depois que ele perdoou quatro funcionários de uma empresa militar privada americana que matou civis no Iraque, mesmo tendo esses criminosos sido considerados culpados por um tribunal dos EUA em 2014.
Funcionários da Blackwater Security Consulting, agora conhecida como Academi, atiraram para matar em civis iraquianos, e de fato mataram 17 e feriram outras 20 pessoas na Praça Nisour, Bagdá, em 16 de setembro de 2007, enquanto escoltavam um comboio da embaixada dos EUA.
A má ação causou a abertura de cinco processos investigativos. O FBI descobriu que pelo menos 14 dos 17 iraquianos mortos foram baleados sem qualquer motivo, incluindo crianças de idade , entre 9 e 11 anos.
Trinta testemunhas do Iraque, o maior grupo de testemunhas estrangeiras a viajar aos Estados Unidos para um julgamento criminal, descreveram no tribunal que os quatro homens americanos iniciaram disparos não provocados em civis iraquianos com tiros pesados e lançadores de granadas, sem nenhum motivo aparente que justificasse tal ação. O que culminou no assassinatos das inocentes vítimas.
Fonte: CNN Internacional