Os Proud Boys têm filiais no Canadá e nos Estados Unidos
Por Jornal Clarín Brasil JCB News – Belo Horizonte em 03/02/2021 às 21hs18mins
Toronto – O vizinho ao norte dos Estados Unidos, o Canadá, acrescentou 13 grupos à sua lista de organizações terroristas na quarta-feira, incluindo organizações de supremacia branca, neonazistas e anti-muçulmanos.
Incluídos estão os Proud Boys, the Base, Atomwaffen e o Russian Imperial Movement. Os Proud Boys têm filiais no Canadá e nos Estados Unidos.
O anúncio foi feito pelo ministro da Segurança Pública, Bill Blair, que disse que essas organizações representam uma “séria ameaça” para o Canadá.
#Canada considers the #ProudBoys a "neo-fascist organization that engages in political violence" and "a serious and growing threat," so it was to the country's list of terrorist groupshttps://t.co/h4mLTasKhm
— AFP News Agency (@AFP) February 4, 2021
Se as agências de segurança e inteligência do Canadá conduzirem uma investigação “extremamente rigorosa” e descobrirem que há “motivos razoáveis para acreditar que uma entidade tenha participado conscientemente ou facilitado uma atividade terrorista”, elas podem ser adicionadas à lista, disse o governo. As organizações são então proibidas no Canadá.
Mustafa Farooq, diretor executivo do Conselho Nacional dos Muçulmanos Canadenses (NCCM), disse que as designações são um grande passo em frente.
“Hoje é um dia importante com a proibição de alguns dos piores grupos de supremacia branca – como The Base e Atomwaffen – no Canadá”, disse ele em um comunicado.
Farooq disse que o pessoal do NCCM se reuniu com vários funcionários do governo e pressionou para que os grupos fossem adicionados à lista de terroristas.
Os Proud Boys e a Base são organizações neofascistas; o Atomwaffen apela à violência contra vários grupos, incluindo organizações religiosas e étnicas. O Movimento Imperial Russo é outro grupo neofacista com ligações em todo o mundo.
As organizações são consideradas “extremistas violentos com motivação ideológica”, disse o governo.
Proud Boys estavam ligados à multidão que invadiu em 6 de janeiro o prédio do Capitólio americano, que inclui os escritórios da Câmara e do Senado.
Embora ser membro desses grupos não seja necessariamente um crime, os bancos podem congelar as contas das pessoas identificadas como membros dos grupos, enquanto a polícia pode apresentar queixa contra aqueles que apóiam as organizações por meio de contribuições financeiras ou doações de outro material.