Um total de 62 mulheres foram assassinadas na Argentina durante os primeiros três meses de 2021, o que equivale a um feminicídio cometido a cada 35 horas, de acordo com dados hoje conhecidos e referidos pela agência Efe
Jornal Clarín Brasil JCB News / Brasil 02/04/2021 às 13hs15mins
De acordo com a organização Mulheres da Mátria Latinoamericana (Mumalá), foram também contabilizadas “89 tentativas de feminicídios e 65 meninos e meninas adolescentes ficaram órfãos e sem mãe por causa destes crimes”, disse Silvia Ferreyra, coordenadora da organização.
Na última atualização do seu registro nacional, a organização contabilizou um total de 94 mortes violentas de mulheres, no primeiro trimestre do ano, o que equivale a uma morte violenta a cada 23 horas.
Desse número total, 62 são feminicídios, sejam vinculados (com ligação à vítima), ao passo que outras 14 mortes correspondem a casos que ainda estão a ser investigados pela justiça.
Também se produziram 12 assassinatos vinculados a atividades delituosas, como o narcotráfico, vinganças, dívidas, roubos, e ainda seis suicídios.
A maioria dos feminicídios do primeiro trimestre na Argentina foram assassatos diretos, e 10 foram indiretos (meninos ou meninas relacionados com a mulher que sofreram violência doméstica) e ainda um assassinato de uma pessoa transexual.
Cerca de 63% dos feminicídios foram cometidos pelos parceiros ou ex-parceiros das vítimas, e em apenas 3% dos casos, se desconhece a ligação entre o agressor e a mulher assassinada.
De acordo com os dados, 71% dos crimes foram cometidos na residência da vítima, e apenas 25% das mulheres vítimas de feminicídios tinha denunciado previamente o seu agressor.
Fonte: EFE