Movimentações de 90.000 soldados russos na fronteira com a Ucrânia causa uma situação”profundamente preocupante”, disse o chefe de defesa do Reino Unido
Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 09/12/2021
Uma invasão russa em grande escala na Ucrânia pode rivalizar com a Segunda Guerra Mundial, disse o chefe das Forças Armadas do Reino Unido na quarta-feira.
Em seu primeiro discurso desde que assumiu o cargo em outubro, o almirante Tony Radakin disse que “a importância dos piores cenários em termos de uma invasão total da Ucrânia estaria em uma escala nunca vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”.
Referindo-se aos desafios da China, Rússia, Irã e Coréia do Norte, Radakin enfatizou que o cenário de segurança é mais complexo e perigoso do que nos últimos 30 anos.
Ele disse a repórteres que a crise causada pelo posicionamento de 90.000 soldados russos na fronteira com a Ucrânia, quase oito anos após a anexação da Crimeia pela Rússia, era “profundamente preocupante”.
Suas declarações foram feitas quando o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse à Sky News que “haveria muitos soldados russos mortos” se o presidente russo, Vladimir Putin, decidir invadir seu país.
“Eles (os aliados) podem atacar economicamente. Estaremos lutando no terreno. Lamento dizer isso, mas haverá muitos soldados russos mortos e esperamos que o presidente Putin não queira que isso aconteça”, ele disse.
Kuleba disse que seu país está trabalhando com seus aliados para encontrar maneiras de dissuadir o Kremlin, mas observou que o exército ucraniano é capaz de defender o país.
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— AMERICAN COP (@cop_american) December 6, 2021
Kubinka ➡️Smolensk
unlikely that there will be a large-scale conflict. As for(1) pic.twitter.com/f7esGpY6Ow
Moscou reuniu recentemente dezenas de milhares de soldados perto da fronteira com a Ucrânia. A medida gerou preocupações de que a Rússia pudesse realizar uma agressão militar. De acordo com autoridades ucranianas, Moscou pode desencadear uma escalada em grande escala em janeiro.
Em 2014, Moscou começou a apoiar as forças separatistas no leste da Ucrânia contra o governo central, uma política que manteve nos últimos sete anos.
Pela segunda vez neste ano, Moscou concentrou um número significativo de tropas dentro e ao redor da Ucrânia no mês passado.
A União Europeia tem vindo a aplicar medidas restritivas em resposta à crise ucraniana desde 2014.
Atualmente, 185 pessoas e 48 entidades estão na lista negra do bloco por violar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia.
Sanções econômicas separadas para os setores de finanças, energia e defesa da Rússia também estão em vigor devido à relutância de Moscou em implementar integralmente o Protocolo de Minsk de 2014, que visa estabelecer a paz no leste da Ucrânia.