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Rumores de uma guerra quente que se aproxima, sem um “Rambo” pra salvar a ninguém

A verdade é que está claro que os EUA não estão mais no comando do mundo e que a OTAN, que foi criada justamente no pós guerra, no intuito de conter a Rússia, deve ter a palavra final em todas asrodadas de conversações

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 09/12/2021

Os Estados Unidos ainda inspiram confiança como liderança no mundo hoje? Foram notórias as operações circencenses e confusas ao fim da ocupação por parte dos EUA no Afeganistão, ficaram registradas na história, aquela correria, ausência deplanejamento estratégico e amadorismo por parte das Forças armadas norteamericanas naquele país. Ficaram em nossas memórias os cidadãos afegãos em tentativa de fuga do país, agarrados até mesmo às fuselagens de aeronaves, e despencando para a morte em uma tentativa frenética de conseguirem fugir do lugar, invadido injustificadamente, e abandonado em meio ao caos causado pelos próprios norteamericanos no Afeganistão.

Há relatos de que autoridades militares britânicas e norteamericanos começaram a discutir na pista sobre a antecipada retirada dos EUA do Afeganistão naquele fatídico 31 de agosto, o que causou um mau estar generalizado e sem precedentes do governo britânico, fazendo com que o até mesmo o ex-primeiro-ministro Tony Blair retornasse aos holofotes para criticar a ação atabalhoada e sem estratégia na retirada, com aspecto de fuga do solo afegão. Os britânicos chamaram as ações do presidente Joe Biden de “imbecil” e insistiam que as forças militares tinham uma “obrigação moral de permanecer” até que todos os cidadãos e funcionários, e principalmente, ex-colaboradores fossem evacuados em segurança, o que não aconteceu de maneira satisfatória. Os britânicos, conhecidos também por serem organizados e metódicos, ficaram furiosos, para dizer o mínimo, por terem visto o quanto de técnica marcial e planejamento estratégico faltou naquele lugar e ocasião, estando eles envolvidos no contexto.

A própria OTAN queria que os EUA ficassem pelo menos até o final de setembro, o que não aconteceu, e por fim, deu-se como se deu, aquela tragédia operacional.

Atualmente, as tropas e sociedade norteamericanas que até então estavam em “paz”, se recuperando das imagens do aeroporto de Cabul, se vêem novamente apreensivas, pois, o barulho agora é bem mais ensurdecedor, tudo indica, que o próprio Joe Biden, que mal conseguiu liderar uma retirada de um país como o Afeganistão, dessa vez, “em defesa” da longínqua Ucrânia, cogita a possibilidade de comprar a briga deste país contra a poderosa Rússia, que sente-se ameaçada pelo país vizinho, inclusive por motivos de interferência dos EUA naquela região, pois eles, os EUA, insistem em usar a Ucrânia como aliada e ameaça regional contra a Rússia.

E o que o restante do mundo tem à ver com isso? Tem à ver que; o oponente agora é muitíssimo mais estruturado que o pobre, porém valente Afeganistão, e é muitíssimo perigoso desde sempre no cenário geopolítico global. E mais, esse perigoso oponente de nome Rússia, é dirigido por uma das mentes mais brilhantes que o mundo conheceu nos últimos tempos, Vladimir Putin.  O que está sendo agora questionado, entretanto, é que, se aqueles mesmo que fugiram dos mulambentos do Taleban teriam condições ou energia para entrarem em um conflito de tamanha magnitude, quiça com possíveis ataques nucleares em confronto direto contra a poderosíssima Rússia?

Será que a própria Ucrânia se sentirá segura em ter os EUA como seu protetor, sabendo de seu recente fiasco no Afeganistão? A população de flagelados foi abandonada pelo governo Biden e pelos militares americanos, e aquela foi sem dúvida uma das maiores falhas moral da história norteamericana em seu até então posto de “liderança global”. Biden simplesmente deixou acontecer, como se não fosse com ele, a responsabilidade de gerenciar aquela situação.

Neste caso da Rússia, a tragédia pode ser ainda maior, pois, todo aquele que acompanha, o mínimo que for sobre notícias internacionais, sabe muito bem quem é o presidente da Rússia, e sabe também que ele não brinca, nem joga para perder, além de dispor de uma energia muitíssimo acima da média. Enfim, um líder nato, e em sua melhor forma, física e mental, enquanto Joe Biden, dia após dia, demonstra não ter mais o vigor que o elevou a vice presidência por dois mandatos, e agora a titularidade presidencial na Casa Branca.

A parte mais triste em tudo isso é que muitos de nós, que não residimos em nenhum dos países envolvidos diretamente na demanda, em caso de um real conflito, que pode se transformar numa 3ª guerra mundial, que com certeza nos atingirá também em cheio, pois, o mundo de hoje é globalizado, lembra?

Minhas fontes me dizem que a cúpula da OTAN em Bruxelas, sabendo do risco e armadilha em que estão se metendo, tenta a todo custo amainar a situação, pois, um pequeno erro que seja, pode redundar em um banho de sangue para seus aliados, que estarão sob a “liderança” dos EUA, representada na figura claudicante de Joe Biden. As nações europeias estão timidamente, com excessão de Inglaterra, buscando uma forma de repreender e conter a Rússia publicamente, enquanto ao mesmo tempo adverte os EUA, Biden e o secretário de Estado Antony Blinken, para que busquem uma saída inteligente para a crise. 

A verdade é que está claro que esa cúpula que dizer aos EUA, que eles não estão mais no comando do mundo, e que a OTAN, que foi criada justamente no pós guerra, no intuito de conter a Rússia, deve ter a palavra final em todas as rodadas de conversações. Mais ainda, eles planejam dizer aos EUA para “pegar ou largar” – ou seja, se não concordarem, podem deixar a OTAN fora disso, se possível. Eles dirão a Biden que a OTAN deve esta no comando, e não ele. Só não vê que não quer, mas, a verdade é que a liderança norteamericana no cenário global está levando um golpe fatal, após anos de decisões desencontradas, e Biden está fingindo que nada está acontecendo.

O mundo na década de 1970 testemunhou os horrores e fiasco da guerra do Vietnã, e aqueles que estiveram no Afeganistão sabem que a situação coma Rússia é muito pior. No Vietnã, pelo menos conseguiram retirar todo mundo, embora a indústria hollywoodiana mostre as peripécias de um “Rambo” mentiroso resgatando compatriotas nas florestas asiáticas. No Afeganistão, imagens e vídeos foram transmitidas para todo o mundo, mostrando cidadãos americanos e afegãos que ajudaram os militares sendo massacrados nas ruas como se fossem animais e todo o aparato tecnológico de guerra norteamericano sendo deixado para trás, nas mãos dos inimigos

Se Biden for inteligente, ele deve repensar sua posição a frente do governo, e pensaria também sobre qual é, ou será daqui pra frente o papel dos “Yankees” na mesa de decisões.

Para nós que crescemos assistindo ao explendor dos EUA, é triste saber que cada vez mais, o país que povoou nosso ideário desde a infância, a cada dia não mais existe, ou na verdade, se revela cada vez mais, uma grande farsa.

Desde 1945, o mundo assistiu aflito a guerra fria não declarada entre eles, agora, quando menos imaginávamos, a possibilidade desse conflito acontecer, é real, E NÃO TEM NADA DE FRIA…

Nilson Apollo Belmiro Santos

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