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Ano Novo, Ciclo Novo

Vencer nossas batalhas e barreiras internas e acreditar nos nossos sonhos é primordial, porque quem não sonha em realizar algo e luta por essa realização vive em estado de semimorto!

Paulo Siuves/Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 04/01/2021

Sempre que podemos, marcamos algo no calendário, uma invenção para nos precingirmos de cuidados acerca da nossa trajetória nessa vida, uma ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano. Muita coisa já foi falada sobre calendários e ciclos, sobre ano novo, aniversários, datas comemorativas e dias especiais. E o mais comum são os desejos de felicidades e prosperidades, quer seja prosperidade de saúde, financeira, amorosa, etc, etc e etc. Falamos tantas frases que muitas se tornam “frases prontas” para esses momentos e aí entra o diferencial em ser escritor e poeta. Os poetas são excelentes em redizer aquilo que já foi dito centenas de milhares de vezes, reinventar uma frase não é tarefa fácil para qualquer um, somente para alguns, e eu me incluo no primeiro grupo, não tenho a facilidade de reinventar frases de desejos toda hora. Algumas vezes um mero “feliz aniversário” se torna um exercício de criação literária. Por causa disso eu resolvi ir à cata de algumas frases que usamos todo ano no réveillon. Ver o que se tem dito de reinventado (pelo menos pra mim) pelas redes sociais e nos mensageiros do momento.

Que tal escrever para seus amigos e parentes essa frase: “Que o Ano Novo que se aproxima seja uma porta aberta para sonhos, renovações de fé e muita paz para o nosso mundo”? Afinal, ligar a tv nos telejornais é ter a fé diminuída pelos conflitos urbanos, pelas guerras… Vamos para outra frase: “Que com a chegada de mais um ano a vida se renove por inteiro! Vamos lutar nossas batalhas, quebrar barreiras e realizar nossos sonhos!” Que frase bacana. Vencer nossas batalhas e barreiras internas e acreditar nos nossos sonhos é primordial, porque quem não sonha em realizar algo e luta por essa realização vive em estado de semimorto! Essa frase ficou linda, coisa de poeta mesmo; “De malas prontas para o embarque rumo ao ano novo, leve apenas o essencial: As lições do que ficou e o que melhor tiver no coração. Uma travessia feliz e tranquila para 2022”. Essa é uma frase bem criativa que recebi num flyer e não que havia o nome do autor, que pena.  No entanto, temos as frases simples e objetivas, como essa; “2021 vai se despedindo, e que leve, com ele, todas as coisas ruins… 2022 será um ano de vitórias e sucesso para todos nós.” E que tal a simplicidade dessa? Muito objetiva; “Receba o novo ano com alegria, faça as pazes com seu passado e olhe para o futuro com esperança”, e assim, com frases prontas ou reeditadas pela capacidade poética de dizer o mesmo numa frase nova, fazemos como diz o poema atribuído a Drummond, mas que é de Vilma Galvão, de acordo com Rosangela Aliberti, no site Recanto das Letras:

Gostaria de lhe desejar tantas coisas…
Mas nada seria suficiente…
Então desejo apenas que você tenha muitos desejos,
desejos grandes.
E que eles possam mover você a cada minuto
ao rumo da sua felicidade.

Essa é minha última crônica desse ano e eu quero criar uma frase nova para dizer a você, meu caro leitor, algo velho: “Que depois da virada do ano, essa crônica possa encantar você, que possamos continuar fazendo companhia um ao outro pelos minutos que duram a leitura dessa coluna e que a paz reine até o final do ano, que a vida dure, que a saúde e a prosperidade permaneçam e nos façam pessoas melhores, mais humanas…” melhor parar de escrever porque está se tornando uma epístola (risos faceiros), e eu quero ter muitos leitores. Feliz ano novo para todos vocês! Feliz “crônicas novas” para todos nós!

Por Paulo Siuves

(Revisão gramatical por Gabriela Scarpelli – gabriela.faria.letras@hotmail.com)

Jornal Rol — Paulo Siuves: 'Minha melhor canção'


Paulo Siuves
: Natural de Contagem/MG, é escritor, poeta, músico e guarda municipal, atuando na Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte como Flautista. É graduado em Estudos Literários pela Faculdade de Letras (FALE) da UFMG e presidente da Academia Mineira de Belas Artes (AMBA). Publicou os livros ‘O Oráculo de Greg Hobsbawn’ (2011), pela editora CBJE, e ‘Soneto e Canções’ (2020), pela Ramos Editora. Além desses, publicou contos e poemas em mais de cinquenta antologias no

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