Em 2021, o país exportou quase 1,19 milhão de quilos de frutas, volume recorde e 18% superior ao enviado em 2020
Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 12/01/2021
O Brasil exportou em 2021, quase 1,19 milhão de quilos de frutas (considerando também cascas de frutos cítricos e de melões), volume recorde e 18% superior ao enviado em 2020. Em receita, foram arrecadados pouco mais de US$ 1,11 bilhão, avanço de 19% na mesma comparação. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
No geral, segundo informações do Hortifruti Brasil/Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, os embarques brasileiros de frutas foram favorecidos pela alta do dólar e euro valorizados frente a moeda nacional, pela oferta firme de algumas frutas (como mangas, uvas e maçãs), pela demanda consistente nos principais países compradores e, também, pelo mercado doméstico desaquecido, que tornou as vendas externas ainda mais atrativas para o segmento em 2021.
Ainda de acordo com o Cepea, as projeções para 2022, indicam que três destes quatro fatores podem permanecer favorecendo os embarques dos produtos brasileiros: o dólar firme, a demanda aquecida nos principais compradores internacionais, e o mercado nacional não estará em sua potencialidade plena.
Em relação à oferta, o cenário pode não se mostrar tão positivo quanto em 2021, principalmente, uma vez que algumas regiões frutícolas exportadoras – como o Vale do São Francisco (PE/BA) – estão enfrentando chuvas frequentes nos últimos dias e meses, o que pode acarretar em limitações na produtividade e na qualidade.
Outras regiões produtoras, como no polo da maçã do Sul do País, estão sofrendo com a seca, o que, somado à bienalidade negativa da qualidade fuji em 2021/22, poderá reduzir a disponibilidade para esta fruta. Estes impactos climáticos estão sendo acompanhados pela HF Brasil com maior profundidade.