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Na tentativa de recuperar influência perdida para a China sobre a Africa, chefe da União Européia anuncia plano de investimento de € 150 bilhões para o continente

Investimentos são meios de ambição compartilhada, diz Ursula von der Leyen

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 10/02/2022

O chefe da Comissão Europeia anunciou nesta quinta-feira um plano de investimento de € 150 bilhões (US$ 172 bilhões) para a África.

“Tenho orgulho de anunciar planos para a África, com o objetivo de acumular pelo menos 150 bilhões de euros em investimentos”, disse Ursula Von der Leyen em entrevista coletiva na capital senegalesa, Dakar.

Este é o primeiro plano regional sob o Global Gateway da União Europeia, observou ela.

O Global Gateway busca mobilizar até 300 bilhões de euros (US$ 34 bilhões) para infraestrutura pública e privada em todo o mundo até 2027, alega a chefe da comissão.

Espera-se que a estratégia use financiamento de instituições da UE e países membros para alavancar o investimento do setor privado, ações que a China vem promovendo com muita energia nos últimos dez anos de investimento no continente.

Five Elements of China's Africa Strategy – Paul Nantulya | Africa Center  for Strategic Studies
A Europa se deu conta do vazio deixado por ela, e ocupado pela potência asiática nos últimos anos – Imagem: Reprodução

O Global Gateway está enraizado “nos valores com os quais a Europa e a África estão comprometidas, como transparência, sustentabilidade, boa governança e preocupação com o bem-estar das pessoas”, disse ela.

Sem mencionar como os fundos seriam arrecadados ou gastos, Von der Leyen proclamou a Europa como o maior e mais confiável parceiro do continente.

Von der Leyen, que chegou na quarta-feira para se preparar para uma cúpula entre a UE e a União Africana prevista para 17 e 18 de fevereiro em Bruxelas, disse que os investimentos estarão no centro das discussões da cúpula porque são “os meios de nossa ambição.”

Por seu lado, o presidente senegalês Macky Sall disse esperar que a cimeira UE-UA produza uma parceria renovada, modernizada e mais orientada para a ação.

A Europa e a África, disse ele, têm interesse em trabalhar juntas.

Sall, que na semana passada assumiu o mandato rotativo de um ano na presidência da União Africana, disse estar comprometido com o combate ao aquecimento global.

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