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Há Dois Tipos de Palavras: As Proparoxítonas e o Resto – Por Paulo Siuves

As proparoxítonas são palavras que carregam um peso e uma sonoridade mais grave, o que as torna imponentes e marcantes.

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 26/03/23

As mensagens de WhatsApp consomem um tempo irrecuperável de nossas vidas – isso é um fato inconteste. Uma mensagem lembra outra, encaminha aquela fofoca, ri daquele vídeo e lá se vão vários minutos que jamais serão recuperados. No entanto, de vez em quando, recebemos textos insólitos que nos fazem rir e esquecer um pouco do tempo perdido.

Esta semana, recebi um texto escrito pelo colunista Eduardo Affonso que fala sobre proparoxítonas; segundo o autor, elas “são o ápice da cadeia alimentar do léxico” e eu concordo plenamente.

As proparoxítonas são palavras que carregam um peso e uma sonoridade mais grave, o que as torna imponentes e marcantes. São palavras que não passam despercebidas, que chamam a atenção e que causam impacto. O autor cita exemplos como “pneumático”, “magnífico”, “cômodo” e “sintético”, entre outras. Já o resto das palavras, as paroxítonas e oxítonas, ficam em segundo plano, são mais comuns e menos nobres, assim como os verbos na construção de rimas em poemas. No entanto, isso não significa que elas sejam menos importantes, afinal, são elas que compõem a maior parte do nosso vocabulário e permitem a comunicação diária.

O texto segue com uma reflexão sobre a importância de escolher as palavras certas, de dar atenção à forma como nos expressamos e de valorizar a linguagem. Creio que essa reflexão expressa a ideia de assertividade sem falar diretamente disso. Por fim, ele conclui com uma frase simples, mas significativa: “As palavras têm poder. Use com sabedoria”.

Em suma, as proparoxítonas, de fato, merecem um lugar de destaque em nosso léxico. Elas são como joias raras que, quando encontradas, brilham intensamente e chamam a atenção de quem as ouve ou lê. São palavras que carregam consigo uma carga semântica e sonora que as diferenciam das demais, tornando-as especiais e até mesmo elegantes.

É interessante notar que, ao utilizar proparoxítonas em nosso discurso, estamos demonstrando um domínio da língua e um cuidado especial com a escolha das palavras, o que pode causar uma boa impressão em nosso interlocutor. Portanto, devemos valorizar e utilizar essas palavras em nosso dia a dia, enriquecendo assim nossa comunicação. Como se este texto fosse um epílogo acadêmico, concluímos que o uso correto e consciente das proparoxítonas contribui para o desenvolvimento da habilidade linguística e para a comunicação eficaz entre os falantes. Porém, como se trata apenas da abstração de um divagador contumaz, concluímos com a metáfora das pedras preciosas, lapidadas por Affonso, cria condições propícias para fazer pensar naquilo que realmente faz enriquecer nossa compreensão do mundo ao nosso redor e nos ajudar a nos conectar com os outros de maneiras mais profundas e significativas.

paulosiuves@yahoo.com.br

Paulo Siuves é escritor, bacharel em Estudos Literários pela Faculdade
de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, ex-presidente da Academia
Mineira de Belas Artes, Embaixador Cultural da Academia de Letras do
Brasil, músico e agente de segurança pública em Belo Horizonte, e escreve
semanalmente para o Jornal Clarín Brasil

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