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Atleta de apenas 16 anos morre 24 horas depois de receber diagnóstico de leucemia

“Foi como um pesadelo”

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 29/04/23

Kyle Limper, de 16 anos, morreu apenas 24 horas depois de ter sido diagnosticado com leucemia. O jovem, natural da Filadélfia (EUA), participava de competições de futebol americano, luta livre e atletismo e não tinha sintomas clássicos da condição.

“Ele era um jovem completamente saudável e feliz, sem nenhum sinal de doença”, escreveu a família de Kyle na página de doações do GoFundMe.

O atleta, que sonhava estudar para se tornar um agente criminal do CSI (Crime Scene Investigator) ou do FBI (Federal Bureau of Investigation), começou a sentir dores nas costas no início deste mês, após um jogo de basquete, e rapidamente seus sintomas pioraram.

Os pais de Kyle chegaram a levá-lo ao pronto-socorro, para descobrir a origem da dor, mas os médicos não encontraram nada. Ao contrário do que esperavam, porém, o quadro do adolescente se agravou.

“Bem, em alguns dias ele não conseguia nem se levantar. Ele não conseguia nem sair da cama, [fui tentar] ajudá-lo a se levantar, ele caiu de volta na cama”, disse o pai de Kyle, Ken Limper, ao canal de TV americano Fox 26.

Após o ocorrido, o jovem foi levado às pressas para o hospital St. Christopher, na Filadélfia, onde os especialistas descobriram que os órgãos do atleta já estavam parando, devido a uma leucemia — uma falência múltipla.

“Foi como um pesadelo”, lembra Ken Limper.

No dia 13 de abril, poucas horas após ter recebido o diagnóstico, e antes de a família ter certeza sobre qual era o tipo de leucemia de Kyle (mieloide aguda ou linfoblástica, por exemplo), o jovem veio a óbito.

“Ele faleceu pacificamente e foi cercado por pessoas que o apoiavam e amavam”, descreveu a família na GoFundMe.

“Eu não desejo esse sentimento ou essa situação a ninguém. É indescritível. Não consigo nem pôr em palavras o que estou sentindo”, lamenta a mãe de Kyle, Josephine Taffe.

De acordo com Arif Kamal, diretor de pacientes da American Cancer Society, os doentes, de fato, podem morrer em um tempo curto após o diagnóstico, devido ao estágio avançado da condição.

Possivelmente, os sintomas da doença não foram percebidos pelo jovem, e, por essa razão, o câncer progrediu de forma rápida.

“Normalmente, os pacientes se sentem esgotados, cansados, dormem muito, podem estar perdendo peso involuntariamente. Mas [é possível que alguém] deixe passar isso, [especialmente se] for um atleta e estiver envolvido em algo ou fazendo algo extenuante”, explicou o médico numa entrevista ao jornal inglês Daily Mail.

O especialista ainda acrescenta que alguns tipos de leucemia podem demorar de meses a anos para apresentar sintomas.

“Eu diria que não seria surpreendente, pela minha experiência, alguém que, digamos, uma ou duas semanas atrás, estivesse bem e tivesse exames laboratoriais [vitais] normais, [viesse a óbito,] pois as coisas mudam rapidamente, em questão de dias”, afirmou.

Na leucemia, em específico, o número de glóbulos brancos pode aumentar rapidamente — a doença induz uma produção descontrolada de leucócitos doentes —, o que, possivelmente, fez com que os órgãos vitais de Kyle (coração, fígado, rins e pulmões) parassem de funcionar de modo adequado.

“A leucemia é uma emergência médica, e as pessoas morrem se não recebem tratamento dentro de horas ou de alguns dias”, alerta Kamal.

Para Arif, a dor nas costas que Kyle sentia pode ter sido causada por um acúmulo de glóbulos brancos cancerígenos próximo aos nervos ou articulações da medula espinhal.

Atualmente, a família do jovem está recebendo doações para montar o funeral do filho, mas continuará a levar a positividade de Kyle adiante.

“Ele queria que todos tivessem uma vida boa. Isso é o que ele estava se esforçando para fazer”, disse Ken Limper.

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