Compartilhar conhecimento – Por Angeli Rose

Esperamos que outros professores e pesquisadores sigam este caminho de
resistência,acreditando valer a iniciativa de compartilhar conhecimento, apostando
na qualificação de estudantes e na troca entre pesquisadores

_{Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 04/06/23}

Durante algum tempo fui Parecerista de revistas acadêmicas e científicas. A
experiência foi muito enriquecedora, tanto na esfera pessoal, como social e fez-me
perceber a relevância de se publicar, ou fazer parte de uma equipe produtora de um
periódico.
A primeira vez em que me deparei com a iniciativa de produzir um periódico técnico
foi na pós – graduaçâo. Recordo-me que um grupo de alunos decidiu reativar a
revista de alunos da pós-graduação em Letras. Eu fazia parte dos revisores.

A Revista Escrita, da Pós-graduação e Letras da PUC-Rio era digital e já vinha
algum tempo fora de circulação. Nosso propósito foi reativá-la e contaminar os
novos alunos no sentido de tomarem para si essa missão. E poucos meses,
publicado edital de captação de artigos, ensaios, e miscelânea, tínhamos material
para colocar no cenário de pós-graduação a “Revista” novamente. Fizemos até um
coquetel com apoios de empresas comerciais para celebrarmos este feito.

Entrei no grupo um pouco ingenuamente, como sempre me apresentava
voluntariosamente para quaisquer atividades de âmbito cultural ou acadêmico. Digo
ingenuamente porque nem me passava pela cabeça que essas atividades
contassem pontos em meu currículo. Só muito depois, fui perceber que muitos de
meus colegas estavam mobilizados conscientemente pela oportunidade de
engordarem o currículo, ou como falávamos à boca pequena “fazer o Lattes latir”.
Trocadilho de mau gosto, mas que sempre dava certo para chamar a atenção sobre
o “produtivismo” que rondava os corredores e assentos das pós-graduações do
início dos anos 2000, início do século XXI.

Um periódico tem diversas funções sociais, mas vale destacar que o
compartilhamento do conhecimento adquirido e desenvolvido por meio de pesquisas
e análises é o objetivo que cumpre o papel de difusão e troca de pensamento
crítico,motor fundamental para o meio acadêmico e científico se mover.
Experimentar tornar-se uma fonte, uma referência e deixar uma marca para a
posteridade que possibilitará a discussão, por exemplo, de novos marcos científicos
é,sem dúvida, uma experiência bastante relevante que leva a outras iniciativas. E
isto pode acontecer ainda que não seja o fator principal de produção de um
pesquisador ou estudante.

Do ponto de vista social, apresentar conhecimento resultante de análises e pesquisa
é também uma maneira de contribuir para que o senso comum seja discutido, a fim
de mostrar a diferença entre o conhecimento científico e o senso comum, dado a ver
o quanto aquele apresenta embasamento e não opiniões apenas.

Tal perspectiva ajuda a aprofundar conhecimentos, tanto para quem os produz, como para quem os
lê.
Não basta publicar, é necessário observar a periodicidade do periódico escolhido
para veicular a publicação. O “fator impacto” é um aspecto que deve ser perseguido,tanto para aquele que publicar, como para aquele que pretende produzir umperiódico.
Recentemente tive a oportunidade de conhecer e entrevistar brevemente as irmãs,
Professoras Valdinéia de Souza e Valdina de Souza. Duas mulheres
empreendedoras, moradoras do interior da grande SP. Porém, com uma garra e
gana de compartilharem o conhecimento adquirido, refiro-me à “Revista
Pedagógica”.
AR – Como foi ter a ideia de fazer uma Revista acadêmica, no caso, a “Revista
Pedagógica Magia e Encanto” impressa?
VS – Quando eu e Valdineia pensamos em elaborar uma Revista Pedagógica a
finalidade sempre foi divulgar boas práticas pedagógicas embasadas teoricamente e
com essa troca de experiências contribuir para que a Educação possa melhorar
cada vez mais.
AR – Para que público alvo foi idealizada a “Revista Pedagógica Magia e Encanto”?
VS – O público alvo são os construída professores;que atuam em diferentes níveis
escolares.
AR – Como fazer para enviar material e para selecionar os artigos recebidos?
VS – Os professores que tiverem interesse de participar,deverão entrar em contato
comigo ou com a Valdineia para obter informações de como deverá enviar o relaro
das atividades.

Depois de enviado passará por uma análise, se estiver dentro dos critérios para
publicação serão aceitos.(Valdina : 55.18. 997216206 // Valdinéia :
55.21.9963295554(valdinaaugustosouzamail. com ).

A “Revista Pedagógica Magia e Eencanto” (impressa) foi lançada dia 12 de maio
último, em coquetel e muitos amigos e familiares prestigiando a façanha dessas 2
professoras ligadas à Educação Básica,mais especificamente à Educação Infantil.
Ambas fomentando a magia e o encanto de educar e pensar a Educação(Infantil).
Parabéns a Valdina e à Valdineia!
Vida longa à Revista Pedagógca!

(E nós do IICEM também estamos dando prosseguimento ao nosso principal
objetivo de contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico. A Revista
Acadêmica IICEM está com edital aberto para receber artigos, ensaios ,resenhas,
para o no. 2 temático – Literatura e Representatividade – até 6/6/2023. Mais
informações : contato@culturaemmovimento.org )

Esperamos que outros professores e pesquisadores sigam este caminho de
resistência,acreditando valer a iniciativa de compartilhar conhecimento, apostando
na qualificação de estudantes e na troca entre pesquisadores.
Até a próxima!

_{ANGELI ROSE é professora, pesquisadora, carioca, mãe de Thiago Krause, tem vários
títulos honoríficos, atua intensamente no âmbito cultural, mas atualmente revê todas as conquistas, redimensiona as escolhas feitas e as parcerias estabelecidas, porque ao final e ao cabo, tudo pode escafeder-se em poucas horas, ou pela guerra mundial, ou pelo individualismo vigente que desmancha tudo o que parece sólido ainda.}

As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal Clarín Brasil – JCB News, sendo elas de inteira responsabilidade e posicionamento dos autores”