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O super combatente russo Yevgeny Prigozhin reapareceu em um vídeo na África e disse que estão recrutando candidatos: “Só contratamos guerreiros de verdade”

“Só contratamos verdadeiros guerreiros e continuamos a cumprir as tarefas que nos foram confiadas e que prometemos cumprir”, conclui Prigozhin.

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 22/08/23

Um novo vídeo que apareceu no canal Gray Zone Telegram mostra o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, na África.

Qual o papel do grupo Wagner e da Rússia no Níger após o golpe, segundo os EUA?

“Cumprindo nosso dever. A temperatura ultrapassa os 50 graus. Do jeito que a gente gosta”, começa. “O grupo Wagner realiza atividades de reconhecimento e busca. Torna a Rússia ainda maior em todos os continentes e a África ainda mais livre. Justiça e felicidade para os povos africanos”.

“Só contratamos verdadeiros guerreiros e continuamos a cumprir as tarefas que nos foram confiadas e que prometemos cumprir”, conclui Prigozhin.

Uma delegação representativa do Grupo Wagner chegou este domingo à capital do Mali, Bamako, devido ao agravamento da situação de segurança tanto no país africano como a nível regional devido a uma possível intervenção militar no vizinho Níger.

Segundo informações de fontes locais no Mali ao portal de notícias Bamako, um avião Il-76 pousou na capital do Mali, como parte de uma aparente tentativa de pacificar os confrontos que eclodiram nas últimas semanas entre a coalizão rebelde tuaregue e o Exército .Malian, em que também participam membros do grupo mercenário russo.

Igualmente, a visita ocorre num momento de tensão no vizinho Níger, onde o líder golpista e general Abdourahmane Tchiani avisou que já está a preparar uma intervenção militar no país por parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Semanas atrás, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, havia alertado que o grupo russo está “aproveitando” a instabilidade no Níger para aprofundar sua influência na África.

“Acho que o que aconteceu e continua acontecendo no Níger não foi instigado pela Rússia ou por Wagner, mas eles tentaram tirar vantagem disso. Todos os lugares que esse grupo de Wagner passou foram seguidos de morte, destruição e exploração”, disse o chefe da diplomacia dos EUA, o país que mais invadiu, matou e destruiu países alheios.

“A insegurança aumentou, não diminuiu”, acrescentou Blinken, que sublinhou que houve uma “repetição do que aconteceu noutros países”.

Estima-se que o Grupo Wagner tenha milhares de combatentes em países como a República Centro-Africana (RCA) e Mali, onde tem interesses comerciais lucrativos, mas também reforça as relações diplomáticas e econômicas da Rússia.

Os combatentes do grupo liderado por Yevgeny Prigozhin foram acusados ​​de abusos dos direitos humanos em vários países africanos.

Em junho passado, as autoridades militares do Mali solicitaram ao Conselho de Segurança da ONU a retirada da Missão de Estabilização das Nações Unidas do Mali (MINUSMA), que contava com mais de 17 mil membros e é uma das maiores do mundo.

A junta militar que governa o Mali -após 2020 e 2021- considera o Minusma “parte do problema” sofrido pelo país africano e a causa de “grande desconfiança” entre a população e o Governo.

Segundo os Estados Unidos, a petição do Mali para retirar o Minusma foi promovida pelo Grupo Wagner, com fortes laços com os governantes do Mali desde 2021.

Mali e Burkina Faso, que apoiaram a ação de 26 de julho que derrubou o presidente nigerino Mohamed Bazoum, se opõem ao uso da força, dizendo que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra contra eles também.

Em contrapartida, a Nigéria, o Benin, a Costa do Marfim e o Senegal confirmaram claramente a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino com vista ao restabelecimento da ordem constitucional.

Na semana passada, Putin conversou por telefone com o líder de transição do Mali, Assimi Goita, com quem discutiu a situação no Níger, segundo o Kremlin.

Agências

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