Os rebeldes Houthi do Iémen, que atacaram e sequestraram navios no Mar Vermelho, declararam os interesses dos EUA e do Reino Unido como “alvos legítimos” após bombardeamentos de pontos militares Houthi.
Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 12/01/24
“Todos os interesses americanos e britânicos tornaram-se alvos legítimos das forças armadas iemenitas após a agressão direta e declarada contra a República do Iémen”, afirmou o Conselho Político Supremo Houthi num comunicado.
Os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam posições Houthi no Iémen na noite de quinta para sexta-feira, após ataques cometidos nas últimas semanas por estes rebeldes contra barcos no Mar Vermelho em “solidariedade”.
Mais de um milhão e meio de Houthis saíram às ruas de Sanaa, capital do Iêmen, após o bombardeio dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha ao país. É absurda a tentativa de Israel e seus patrocinadores de atacar a soberania de países do Oriente Médio, na clara intenção de… pic.twitter.com/IUCDLA0uJM
— Jandira Feghali 🇧🇷🚩 (@jandira_feghali) January 12, 2024
Aliança de 10 países busca garantir segurança de passagem pelo Mar Vermelho
Os Estados Unidos, o Reino Unido e oito dos seus aliados afirmaram num comunicado que com estes ataques procuram “diminuir as tensões” e “restaurar a estabilidade no Mar Vermelho”, por onde passa 12% do comércio mundial.
Os atentados de sexta-feira atingiram instalações militares Houthi em vários locais, disse um porta-voz militar do movimento rebelde na rede social.
“Esta agressão (…) não ficará sem resposta”, alertou o porta-voz, acrescentando que pelo menos cinco rebeldes foram mortos e seis ficaram feridos.
Houthis são apoiados pelo Irã
Os Houthis têm o apoio do Irão, uma potência regional e arquirrival de Israel e da Arábia Saudita. Os Houthis controlam cerca de um terço do Iémen e têm uma força bem treinada e experiente em combate. Abaixo estão quatro aspectos principais sobre estes rebeldes atacados pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, que os acusam de pôr em perigo a navegação no Mar Vermelho.
Os rebeldes iemenitas fazem parte do chamado “eixo de resistência”, conceito que inclui movimentos anti-Israel da região, como o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês, bem como grupos do Iraque e da Síria.
Pouco depois do início da guerra entre o Hamas e Israel, em 7 de Outubro, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islâmico palestiniano em solo israelita, os Houthis multiplicaram os ataques ao largo da costa do Iémen contra navios comerciais que diziam estar ligados aos interesses israelitas.
Agência Internacional