Como é habitual nestes casos, Israel não quis referir-se ao ataque. “Não comentamos notícias publicadas na imprensa estrangeira”, disse um porta-voz militar.
Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 02/04/24
O Governo da Síria acusou Israel esta segunda-feira (01/04/2024) de ter bombardeado um edifício anexo à embaixada iraniana em Damasco, causando a morte de pelo menos onze pessoas. A agência de notícias oficial SANA afirmou que “o ataque israelense teve como alvo o edifício do consulado iraniano no bairro de Mazeh, em Damasco”, uma área rica da capital. A instalação foi “arrasada”, segundo um jornalista da AFP.
A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres mas com reconhecido prestígio pela sua extensa rede de correspondentes, estimou em onze o número total de mortos após o ataque, o que se soma a outros bombardeamentos lançados por Israel contra alvos na Síria e Líbano. A mídia síria e iraniana informou que o embaixador do Irã, Hossein Akbari, bem como sua família, saíram ilesos.
As Israel targets the Iranian consulate in Damascus 👇, the Arab nations will make their calculations. The IRGC will make theirs. The Arab nations, despite any western conceptions to the contrary, respect strength. They, want to see Israel stand up to Iran because they cannot.… pic.twitter.com/lNtcu0pEGi
— Mark Korn (@COURTCOUNSELOR) April 2, 2024
O consulado, que servia de residência do embaixador, sofreu grandes danos, notou a agência SANA, que pouco antes tinha reportado a activação do sistema de defesa antiaérea. Tudo indica que o alvo do ataque foi o Brigadeiro-General da Guarda Revolucionária Iraniana Mohamed Reda al Zahedi, morto no atentado.
“Não comentamos”
O corpo de elite persa emitiu posteriormente um comunicado relatando a morte de sete dos seus membros, incluindo Al Zahedi e Mohammad Hadi Haji Rahimi, ambos comandantes da Força Quds, que realiza operações internacionais. À tarde, os ministros das Relações Exteriores da Síria e do Irã visitaram a área de ataque. Damasco disse que nada quebrará a sua aliança com Teerã.
Como é habitual nestes casos, Israel não quis referir-se ao ataque. “Não comentamos notícias publicadas na imprensa estrangeira”, disse um porta-voz militar.
Este atentado ocorreu dias depois de o OSDH ter relatado ataques israelitas na Síria, nos quais 53 pessoas foram mortas, incluindo 38 soldados e sete membros do Hezbollah, uma organização islâmica libanesa apoiada pelo Irão. Foi o maior número de baixas sofridas pelo exército sírio em ataques israelenses desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza.
Agência Internacional