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Síria acusa Israel pelo atentado que vitimou onze pessoas da embaixada iraniana no país

Como é habitual nestes casos, Israel não quis referir-se ao ataque. “Não comentamos notícias publicadas na imprensa estrangeira”, disse um porta-voz militar.

O Governo da Síria acusou Israel esta segunda-feira (01/04/2024) de ter bombardeado um edifício anexo à embaixada iraniana em Damasco, causando a morte de pelo menos onze pessoas. A agência de notícias oficial SANA afirmou que “o ataque israelense teve como alvo o edifício do consulado iraniano no bairro de Mazeh, em Damasco”, uma área rica da capital. A instalação foi “arrasada”, segundo um jornalista da AFP.

A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres mas com reconhecido prestígio pela sua extensa rede de correspondentes, estimou em onze o número total de mortos após o ataque, o que se soma a outros bombardeamentos lançados por Israel contra alvos na Síria e Líbano. A mídia síria e iraniana informou que o embaixador do Irã, Hossein Akbari, bem como sua família, saíram ilesos.

O consulado, que servia de residência do embaixador, sofreu grandes danos, notou a agência SANA, que pouco antes tinha reportado a activação do sistema de defesa antiaérea. Tudo indica que o alvo do ataque foi o Brigadeiro-General da Guarda Revolucionária Iraniana Mohamed Reda al Zahedi, morto no atentado.

“Não comentamos”

O corpo de elite persa emitiu posteriormente um comunicado relatando a morte de sete dos seus membros, incluindo Al Zahedi e Mohammad Hadi Haji Rahimi, ambos comandantes da Força Quds, que realiza operações internacionais. À tarde, os ministros das Relações Exteriores da Síria e do Irã visitaram a área de ataque. Damasco disse que nada quebrará a sua aliança com Teerã.

Como é habitual nestes casos, Israel não quis referir-se ao ataque. “Não comentamos notícias publicadas na imprensa estrangeira”, disse um porta-voz militar.

As autoridades iranianas pedem reação da comunidade internacional – Imagem: Reprodução

Este atentado ocorreu dias depois de o OSDH ter relatado ataques israelitas na Síria, nos quais 53 pessoas foram mortas, incluindo 38 soldados e sete membros do Hezbollah, uma organização islâmica libanesa apoiada pelo Irão. Foi o maior número de baixas sofridas pelo exército sírio em ataques israelenses desde o início do conflito entre Israel e o Hamas em Gaza.

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