Ambas estão sempre querendo entender o mundo equal é o nosso lugar nele, desafiando as noções já estabelecidas sobre o que é ficção e o que é realidade
Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 19/05/24
Desbravando o Encontro entre Filosofia e Literatura:
Uma Aventura em Busca do significado e da Verdade
Paulo Siuves para o Jornal Clarin Brasil
Na vastidão da experiência humana, a filosofia e a literatura meio que se misturam, criando um monte
de significados e verdades interessantes. Tipo, os escritores escrevem coisas que nos fazem pensar de
um jeito diferente, questionando o que é realmente importante na vida e explorando os mistérios do
universo. Nessa complexa linha de pensamento, procurar a verdade pode parecer complicado, porque
cada um vê as coisas de um modo subjetivo. No entanto, essa busca é fundamental para
compreendermos como funciona tudo isso.
A literatura, desde sempre, tem servido como um veículo para essa busca incessante pela verdade.
Alguns livros revelam os aspectos complexos da condição humana através de poesias que exploram o
amor e de contos que transformam nossa percepção da realidade. No entanto, a verdade inerente a
essas obras muitas vezes se mostra multifacetada, resistindo à análise puramente racional. Em outras
palavras, alguns escritores apresentam textos que nos convidam sutilmente a considerar outras
perspectivas, através de diferentes formas literárias, incitando-nos a reflexões profundas.
Em um nível mais profundo da literatura reside a natureza da realidade e da ficção. Tipo, em “Vidas
Secas” do Graciliano Ramos. A personagem Baleia, que é a cachorrinha da família, vai
progressivamente sendo humanizada pelo autor, enquanto os próprios humanos são retratados de
forma quase subumanos, lutando para sobreviver na seca e na pobreza. Nesse processo, há uma
inversão de papéis: o autor gradualmente atribui características animais à família. Essa dinâmica de
inverter os papéis entre humanos e bichos faz a gente pensar muito sobre a existência pessoal e como
a gente se relaciona com os outros seres, levantando questões fundamentais sobre a natureza da
existência e a busca individual por significado.
É nesse ponto que a filosofia encontra a literatura. Ambas estão sempre querendo entender o mundo e
qual é o nosso lugar nele, desafiando as noções já estabelecidas sobre o que é ficção e o que é
realidade. Por outro lado, alguns críticos argumentam que a literatura filosófica corre o risco de se
tornar excessivamente abstrata, perdendo a conexão com a realidade do dia a dia. Eles argumentam
que, quando os escritores se concentram apenas em questões complexas acabam perdendo o leitor
comum, que fica sem compreender bulhufas. Surge então uma questão importante sobre o papel dos
livros na sociedade contemporânea e a importância de encontrar um equilíbrio entre profundidade
filosófica e acessibilidade para o público em geral.
Nessa mistura toda de filosofia e literatura, celebramos a vida em toda sua complexidade e
diversidade. A literatura filosófica vem como uma força, desafiando o que a gente já acha que sabe e
abrindo novas perspectivas de entendimento. Quando os escritores mexem com a linguagem e a
imaginação, eles nos convidam a reconsiderar o que acreditamos e os preconceitos que carregamos,
levando-nos a refletir sobre o significado da existência e a buscar a verdade onde quer que ela esteja
oculta.
Então, caro leitor, o que você espera? Embarque em uma aventura literária e filosófica! Explore a
vastidão da literatura, mergulhe em histórias emocionantes e deixe-se levar pelo poder transformador
das palavras. Você certamente descobrirá novos horizontes, questionará suas convicções e encontrará
respostas para os questionamentos que sempre te acompanharam. Compartilhe suas reflexões nos
comentários abaixo! Quais livros te marcaram profundamente? Quais autores te inspiraram a
questionar o mundo ao seu redor? Vamos juntos debater ideias, pensamentos e
questionamentos. A literatura e a filosofia nos aguardam!
O Dr. Paulo Siuves nasceu em julho de 1971 na cidade de Contagem, Minas Gerais, e é bacharel em Letras pela UFMG. Além disso, ele é autor de dois livros e organizador de coletâneas. Atua como servidor público municipal e faz parte da Banda de Música da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte. Paulo Siuves é colunista nos jornais; Jornal Clarin Brasil e Cultural Rol. Ele possui um Ph.I. em Filosofia Universal e um Dr.H.C. em literatura. Paulo Siuves é ex-presidente e membro fundador da Academia Mineira de Belas Artes (AMBA) e também é membro da Academia de Letras do Brasil nas seccionais Suíça, Minas Gerais (RMBH) e Campos dos Goytacazes/RJ, além de pertencer a muitas outras academias.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal Clarín Brasil – JCB News, sendo elas de inteira responsabilidade e posicionamento dos autores”
Meu primeiro contato reflexivo sobre a literatura e a filosofia, pelo menos o que me vem a memória foi através da frase de William Shakespeare: “Há mais mistérios entre os céus e a terra do que sonha a nossa vã filosofia.” Naquele momento eu assistia a um programa esportivo e comecei a estudar sobre o poeta e escritor Shakespeare. De fato, todo ser humano busca compreender a vida e sua existência, as relações entre o visível e o invisível, as contradições dos valores humanos com a aceitação ou não de novos valores com os desafios existenciais. Devido a tudo isto, então, inicia-se uma busca por respostas e bases que trazem algum conforto e segurança por meio de fatos, ideias e conhecimentos diversos que chegam a cada um de nós. Na interrelação humana “ecos filosóficos e literários” não poucas vezes soam em uníssono!
Parabéns Dr. Paulo Siuves! Esse texto nos convida a refletir sobre esse eterno paradoxo da existência humana, onde sempre estaremos nessa busca pela verdade e ao mesmo tempo viajando pelos mistérios da existência.
Sim, amigo Paulo, sempre sinto isto, mas achava que era só um devaneio meu. Obrigada por compartilhar esta visão. Filosofia e Literatura se entrelaçam intimamente. Eu acho que é porque a alma de ambas é pensamento. E pensamento é tudo, pois nada existe sem antes ser pensado, e o único conceito que o suplanta é, sem dúvidas, o pensador. Sinto a literatura como ressaltando os acessórios, as roupas ao que chamamos vivência, a vida em suas infinitas nuances, e a filosofia se atendo ao mais abstrato, às perguntas, ao espanto, ao boquiaberto sentimento diante do sem-resposta, ao inquestionável. Porém vejo que ambas se cobrem e se descobrem na grandeza e na infinitude de um eterno vir a ser, porque afinal a gente sempre esbarra nos portões do implacável tempo. Obrigada pelas reflexões muito bem-vindas. ❤️🌹
Sim, amigo Paulo, sempre sento isto, mas achava que era só um devaneio meu. Obrigada por compartilhar está visão. Filosofia e Literatura se entrelaçam intimamente. Eu acho que é porque a alma de ambas é pensamento. E pensamento é tudo, pois nada existe sem antes ser pensado, e o único conceito que o suplanta é, sem dúvidas, o pensador. Sinto a literatura como ressaltando os acessórios, as roupas ao que chamamos vivência, a vida em suas infinitas nuances, e a filosofia se atendo ao mais abstrato, às perguntas, ao espanto, ao boquiaberto sentimento diante do sem-resposta, ao inquestionável. Porém vejo que ambas se cubrem e se descubrem na grandeza e na infinitude de um eterno vir a ser, porque afinal a gente sempre esbarra nos portões do implacável tempo. Obrigada pelas reflexões muito bem-vindas. ❤️🌹