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Itália descarta o uso de suas armas em ataques ucranianos de longo alcance contra a Rússia

Vários outros estados membros da OTAN apoiam o envio de armas ocidentais para tais ataques

A constituição da Itália proíbe que as suas armas sejam usadas pela Ucrânia para atingir alvos no interior da Rússia, disseram dois ministros do país. Vários outros estados membros da OTAN falaram a favor do uso de mísseis de longo alcance por Kiev contra alvos em território russo.

Na sexta-feira, o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, citou um artigo da constituição do país que impõe condições ao uso das armas.

“Eles devem ser usados ​​para a defesa da Ucrânia, o que inclui atacar os russos na Ucrânia, mas não podem ser usados ​​no território de outro país”, disse Crosetto, citado pela agência de notícias ANSA.

O ministro das Relações Exteriores italiano, Antonio Tajani, também descartou o uso de armas do país na Rússia.

“É impossível que as nossas armas sejam usadas fora da Ucrânia”, disse Tajani na sexta-feira numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da OTAN em Praga, segundo a ANSA.

“Não estamos lutando contra a Rússia. Estamos defendendo a Ucrânia, não é a mesma coisa”, acrescentou, citado pela agência de notícias turca Anadolu.

Tajani disse que a Itália não enviaria tropas para a Ucrânia, mas que estava pronta para fornecer mais armas ao país.

Na sexta-feira, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a Ucrânia tinha o direito de se defender, o que inclui o direito de atacar alvos militares legítimos dentro da Rússia, segundo a Anadolu.

O chefe da NATO também rejeitou os avisos russos de retaliação, dizendo que o bloco já tinha ouvido tais avisos muitas vezes antes.

No início desta semana, o presidente Vladimir Putin alertou os estados membros da OTAN contra permitir que a Ucrânia disparasse as suas armas no interior da Rússia e alertou que tais ataques levariam a uma escalada do conflito.

A liderança ucraniana tem pressionado os países da OTAN nas últimas semanas para permitir que as forças de Kiev utilizem armas fornecidas pelo Ocidente para atingir alvos em território russo.

Vários estados da OTAN, como a Noruega, a Finlândia, a Letónia e a Polónia, já tinham afirmado que eram a favor de tais ataques. O chanceler alemão Olaf Scholz, que anteriormente se opunha a atacar directamente a Rússia, teria feito uma inversão de marcha e dito que a Ucrânia foi autorizada a atacar a Rússia com armas alemãs – pelo menos para a defesa da cidade ucraniana de Kharkov, segundo o jornal Bild.

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