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Donald Trump – Seria ele o AntiCristo? – Por Nilson Apollo

Em resumo, enquanto alguns veem sinais proféticos em Donald Trump, a maioria dos estudiosos e líderes religiosos adverte contra leituras literais de textos bíblicos aplicadas a contextos modernos

O anticristo é uma figura da escatologia cristã citado por cinco vezes na bíblia representando o inimigo de Cristo e o início do fim dos tempos.

Ao logo dos anos, muito personagens históricos habitaram o ideário coletivo mundial, apresentados como postulante ao cargo de “filho da iniquidade”, Nero, Hitler, e até Barak Obama foram aventados como o “AntiCristo”. A figura da vez é Donald Trump, que, venhamos e convenhamos, traz sim, consigo, muito do fora descrito das características e práticas desse vil ator dos episódios finais do esperado fim dos tempos.

A discussão sobre se Donald Trump possui características do Anticristo, conforme descrito nos livros judaicos/cristão, é polarizada e envolve interpretações teológicas, políticas e culturais.

Abaixo, uma análise baseada nas fontes pesquisadas:

1. Características Associadas ao Anticristo

Alguns líderes religiosos e teólogos do Brasil e do mundo, apontam traços de Trump que se alinham com descrições bíblicas do chamado “Anticristo”:

  • Falsa Paz: Pastor Daniel Lopez, atualmente famoso em suas redes sociais abordando assuntos neste tema, argumenta que Trump promove uma “falsa paz”, citando acordos diplomáticos no Oriente Médio como possíveis prelúdios para eventos apocalípticos . Essa ideia se conecta a passagens como 1 Tessalonicenses 5:3, que menciona “paz e segurança” antes da destruição repentina.
  • Carisma e Manipulação: Críticos associam seu estilo autoritário e retórica divisiva à figura do “homem da iniquidade” (2 Tessalonicenses 2:3-4), que exalta a si mesmo acima de tudo .
  • Simbolismo Numérico: Teorias conspiratórias ligam o número “666” (Apocalipse 13:18) a Trump, como interpretações numerológicas de endereços de propriedades suas, embora isso seja considerado especulativo .

2. Comparações com Figuras Bíblicas

  • Ciro, o Grande: Alguns evangélicos comparam Trump ao rei persa Ciro, um líder não judeu que, segundo a Bíblia, foi usado por Deus para libertar os judeus do exílio. Essa analogia surge devido ao apoio de Trump a Israel, como a mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém .
  • Jeú: Outros o associam ao mitológico rei israelita Jeú, conhecido por violência contra governantes anteriores, refletindo a retórica de “limpeza” política de Trump. No entanto, estudiosos criticam essa comparação por ignorar o contexto histórico .

3. Divergências Teológicas

  • Ceticismo Acadêmico: Muitos estudiosos rejeitam a ligação entre Trump e o Anticristo, argumentando que interpretar profecias bíblicas através de figuras modernas é um “erro exegético”. O Dr. Samuel Lamerson, por exemplo, considera absurdo vincular a “última trombeta” (1 Coríntios 15:52) ao sobrenome Trump, já que o texto original grego usa “trombeta”, não “trompa” .
  • Uso Político da Religião: Analistas apontam que essas teorias frequentemente refletem divisões políticas. Enquanto alguns evangélicos, que em sua grande maioria, desconhecem os escritos, e não compreendem contextos históricos/escatológicos em profundidade, veem Donald Trump como um “instrumento divino” para restaurar valores cristãos, mesmo sendo o mesmo um ferrenho defensor do judaísmo/sionista opositores e críticos da pessoa de Jesus Cristo, outros o criticam por contradizer princípios como humildade e justiça social, que na prática, contradizem os ensinamentos ministrados pelo próprio Jesus Cristo no famoso “Sermão da Montanha” .

4. Contexto Cultural e Político

  • Movimentos Apocalípticos: Grupos como a Nova Reforma Apostólica (NRA) defendem que Trump é parte de um plano divino para estabelecer o “Reino de Deus na Terra”, conectando sua presidência a profecias do fim dos tempos, aumentando aind mais o risco de confusões e fé cega no que podemos chamar de “culto a personalidade” humana de Donald Trump.
  • Polarização Religiosa: Apoiadores destacam políticas como a nomeação de juízes antiaborto e o apoio a Israel, enquanto críticos veem seu comportamento nítidamente contrário aos ensinamentos cristãos .

5. Conclusão

Na verdade, em meio a essas grandes confusões, políticas e religiosas, não há consenso sobre se Trump é o Anticristo ou não, mas o debate revela:

  • Especulação vs. Fé: As alegações são baseadas em interpretações subjetivas, não em evidências concretas .
  • Religião e Poder: A narrativa reflete a influência da religião na política dos EUA, onde líderes são frequentemente elevados a status quase messiânicos por grupos específicos, e neste caso, apontamos claramente os cristão, que infelizmente não cultivam a boa prática do olhar crítica e prescrutador nos moldes “bereanos”.

Em resumo, enquanto alguns veem sinais proféticos em Donald Trump, a maioria dos estudiosos e líderes religiosos adverte contra leituras literais de textos bíblicos aplicadas a contextos modernos, e pedem cautela aos mais emocionados, levando por “qualquer vento de doutrina”. A discussão permanece mais como um reflexo de tensões sociopolíticas do que uma análise teológica definitiva, já que, nem todos os envolvidos, sejam povos ou personagem, seguem como regra de fé, este ou aquele livro, ou sequer acreditam na remota existência d seus heróis, vilões e coadjuvantes em torno deles.

E você, o que pensa sobre isso tudo?

Nilson Apollo Belmiro Santos- Colunista – Gestor em Segurança (UNI BH) – Comerciante – Comunicador e estudioso político/social

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