Além das amistosas relações e interações, a iniciativa também impulsiona projetos inovadores voltados ao desenvolvimento sustentável, empoderamento juvenil, integração continental e representatividade no país

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 18/02/25
No último fim de semana, como vem acontecendo nos últims anos, a residência do togolês radicado no Brasil, especificamente em São paulo, o renomado internacionalista, Kossi Telou, se transformou em uma autêntica sucursal da União Africana no Brasil. No priviligiado endereço na capital paulistana, jovens líderes africanos vêm encontrando espaços de conexão e colaboração que transcendem fronteiras geográficas e culturais, já que o continente africano é composto por mais de 50 países, e milhares de culturas, línguas e tradições. Essas confraternizações que vem escalando ano após anós, não apenas fortalecem laços entre os nascidos no continente mãe da humanidade, mas também, reestabelecendo os laços históricos entre o Brasil e a África, já que, grande parcela da população brasileira descende diretamente dessas diversas nações, e povos, principalmente da costa oeste africana, por aqui se encontra há séculos, de certa forma, separados de suas origens.
Além das amistosas relações e interações, a iniciativa também impulsiona projetos inovadores voltados ao desenvolvimento sustentável, empoderamento juvenil, integração continental e representatividade no país, tornando os eventos marcos emblemáticos e de suma importância para as relações.
O encontro, com status de “Fórum Brasil/África”, reuniu nesta ocasião líderes africanos e brasileiros que informalmente discutiram temas como recursos naturais, comércio, questões acadêmicas, adaptações pós mudanças, desenvolvimento econômico e oportunidades de negócios, pessoais e entre seus respectivos países em relação ao Brasil. A pertinência das questões econômicas e diplomáticas obviamente, estariam em pauta, um vez que o anfitrião, tratava-se do Assessor comercial do consulado da Malásia em São Paulo, que traz em seu currículo a formação como Relações Internacionais, havendo atuado como vicê cônsul de seu país, o Togo em São Paulo, como funcionário da missão Internacional Cáritas, que cuida de refugiados, e atualmente servindo ao escritório comercial da Malásia, sendo responsável por ministrar palestras e conexões de alto nível junto a milhares espectadores na área empresarial ou governamentais, reforçando compromissos e parcerias entre segmentos diversos, que envolvem a indústria de tecnologia de ponta, energias renováveis, agricultura, pesca, insumos, hospitalar e extração de minérios e suas transformações, além da promoção da importância do intercâmbio de trocas de experiências acadêmicas entre centros de exceência dos países envolvidos.


As crescentes atividades que se avolumam entre o continental Brasil e o continente africano, exigem que sim, exista uma coesão antre os residentes africanos no Brasil. O Brasil, sendo um importante membro do Brics, vem ocupando os espaços legítimos dentro do contexto, como por exemplo, quando em agosto de 2024, Salvador na Bahia sediou a Conferência da Diáspora Africana, que foi preparatória para o 9º Congresso Pan-Africano no Togo, país do anfitrião Kossi Telou. O evento, apoiado pela União Africana e pelo governo brasileiro, reuniu representantes de Estados e da sociedade civil para debater temas como pan-africanismo, reparação histórica e igualdade racial. Com foco na juventude, a conferência destacou o papel do Brasil — país com a maior população afrodescendente fora da África — na promoção de políticas de inclusão e na reconstrução de identidades culturais, perdidas sistemáticamente ao longo dos anos.
Obviamente, serão necessários mais aprofundamento nas pesquisas junto aos consulados e embaixadas africanas no Brasil para que se saiba quantos, e quem são esses que possam participar dessa saudável e necessária relação entre si, e para com o país que os acolheu, mas, nesta ocasião, o evento pôde contar com pessoas de sumo importância nessas reconexões, cada um com formação, dons e talentos necessários para serem esses agentes que de boa vontade se destacam e representam bem, cada um seu papel, em suas respectivas áreas de atuação.
Estiveram presentes na confratenização os convidados:
Dalton Manuel Nazaré, de São Tomé e Príncipe, enfermeiro cirúrgico, graduando em enfermagem cirúrgica e administração de empresas pela USP.
O camaronês, naturalizado brasileiro, Hervé Boyomo, gerente de relacionamento no Sheraton São Paulo WTC.
O também camaronês, Wamba Cedric, analista em gestão de riscos técnicos e financeiros.
O ganês (de Gana), Tiyumba Abdallah, CEO da Quibuntu Ltda, com sede em São Paulo.
O moçambicano Tomé Francisco Raísse, Assessor Consular do Consulado das Filipinas em São Paulo.
O angolano, João Canda, psicólogo, empreendedor e produtor cultural, autor de livros, presidente do Instituto LiterÁfrica e CEO da Expo África Brasil.
A congolesa, Claudine Shindany, jornalista de formação, Ativista dos Direitos Humanos , técnica da regularização migratória : ” dando esperança para os imigrantes”.
A reunião dessas proeminentes personagens e respctivas esposas, mostrou que, essas confraternizações não só celebram a diversidade e amizade entre os povos africanos e brasileiros, mas também criam redes capazes de influenciar políticas públicas e econômicas, como sempre destaca o anfitrião Kossi Telou. Com o sucesso do evento, ainda que em sua informalidade, espera-se que gradativamente aconteça uma expansão nas programações ao longo do anos, com agendas produtivas e com objetivos sólidos de mútuo fortalecimento e frutos advindos dessa irmandade indestrutível, peculiar a força africana, do continente ou da diáspora, pois somos todos um só povo, irmanados pela história, sangue que corre nas vêias e caracteríscas que se aprofundam além da pele. SOMOS UM!
Nilson A. B. Santos – Jornal Clarín Brasil JCB News