Esta não é a primeira vez que Oruam se vê envolvido em problemas com a lei.

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 26/02/25
Na manhã de hoje, 26 de fevereiro de 2025, o cenário musical carioca foi novamente abalado por uma operação policial que teve como alvo o controverso rapper Oruam, nome artístico do jovem Mauro Davi dos Santos Nepomuceno. A ação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), marca mais um capítulo na tumultuada trajetória do artista, que vem acumulando polêmicas nos últimos meses.
Detalhes da operação
A operação incluiu mandados de busca e apreensão na casa de Oruam, localizada no nobre bairro do Joá, zona sul do Rio de Janeiro, bem como em endereços ligados à sua mãe, Márcia Nepomuceno. O objetivo principal da ação seria localizar uma arma de fogo supostamente utilizada pelo rapper em um incidente ocorrido no mês de dezembro de 2024, em um condomínio em Igaratá, interior do estado de São Paulo.
Durante as buscas, os policiais se depararam com uma situação inesperada: um indivíduo foragido da justiça, acusado de envolvimento com organização criminosa, foi encontrado da residência do cantor, o que resultou na imediata prisão do fugitivo, adicionando mais um elemento controverso ao polêmico artista.
😎 ORUAM PRESO:
— 𝙍𝙅 𝙚𝙢 𝘾𝙤𝙣𝙛𝙡𝙞𝙩𝙤 (@ConflitoRj) February 26, 2025
O rapper, que ostenta uma vida de luxo, foi preso por esconder um traficante foragido dentro de casa! pic.twitter.com/xdjveQTJlC
Histórico recente de problemas legais
Esta não é a primeira vez que Oruam se vê envolvido em problemas com a lei. Apenas uma semana antes, no dia 20 de fevereiro, o rapper havia sido detido na Barra da Tijuca após realizar uma manobra perigosa durante uma blitz policial. Na ocasião, foi constatado que ele dirigia com a carteira de habilitação suspensa. Oruam foi liberado após o pagamento de uma fiança substancial, equivalente a 40 salários mínimos.
Trajetório de problemas
A origem, vida pregressa e ligações familiares e sociais com figuras proeminentes do crime organizado de Oruam, o coloca em delicada situação desde sua ascensão no mundo artístico. Oruam é filho do damoso bandido, Marcinho VP, que é um dos líderes do Comando Vermelho, e que atualmente cumpre uma pena de 44 anos de prisão em regime fechado em penitenciária de segurança máxima. Além disso, o rapper já demonstrou publicamente sua admiração por outro bandido famoso no mundo do crime, Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, chegando até mesmo a homenageá-lo com uma tatuagem.
Essas conexões e as declarações públicas do artísta têm gerado intenso debate na sociedade brasileira. Como resultado, várias cidades, incluindo o Rio de Janeiro, estão considerando a implementação de leis que proíbam o financiamento público de shows de artistas que façam apologia ao crime ou ao uso de drogas, em uma iniciativa que ficou conhecida como “Lei Anti-Oruam”, tamanho e clamor social diante do que pode chamar de “aberração acultural”, já que as letras promovem a involução da sociedade.
Repórter da Band se desequilibra e se estabaca no chão, durante prisão de Oruam, no Rio de Janeiro . pic.twitter.com/T8nPCmJ714
— Rio em crise (@rioemcrise1) February 26, 2025
O caso de Oruam levanta questões importantes sobre a conexão entre arte, criminalidade e responsabilidade social. Enquanto fãs do cantor argumentam que sua música reflete realidades sociais complexas da grandes cidades do país, críticos apontam para o potencial impacto negativo de suas letras e associações na juventude, já explicita uma certa normalização de práticas condenáveis pelo crivo moral e jurídico em voga no país. . À medida que as investigações prosseguem, o debate sobre o papel dos artistas na sociedade e os limites da liberdade de expressão certamente continuará a ganhar força no cenário cultural brasileiro, e muitos outros “artistas” fatalmente passarão pelo mesmo filtro, e terão que rever seus repertórios “artísticos”.