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A Rússia nunca trairá a China – afirma o Chanceler Sergey Lavrov

Moscou honrará todos os seus compromissos com Pequim, ao contrário do Ocidente nas suas promessas à URSS, afirmou o ministro das Relações Exteriores

A Rússia valoriza profundamente seu relacionamento com a China e está comprometida em cumprir todas as obrigações com seu parceiro, disse o Ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov.

Em uma entrevista com podcasters dos EUA, conduzida em inglês e divulgada na quarta-feira, o principal diplomata russo foi convidado a comentar as alegações de que o ex-presidente Joe Biden cometeu um erro estratégico ao aproximar a Rússia da China, por meio da resposta de Washington ao conflito na Ucrânia.

“Os americanos sabem que não trairíamos nossos compromissos, compromissos legais, mas também, você sabe, os compromissos políticos que desenvolvemos com os chineses”, assegurou o alto diplomata. “Nunca tivemos relações com a China que fossem tão boas, tão confidenciais, tão construídas a longo prazo e que pudessem desfrutar do apoio dos povos de ambos os países”, disse ele.

Os entrevistadores sugeriram que a abordagem do presidente dos EUA, Donald Trump, replica a histórica reaproximação do presidente Richard Nixon com a China em 1972, que garantiu a continuação da divisão sino-soviética.

As circunstâncias atuais são “radicalmente diferentes” daquelas da década de 1970, insistiu Lavrov.

Ele contrastou a adesão de Moscou às suas promessas com a violação pelo Ocidente das garantias feitas ao líder soviético Mikhail Gorbachev de que a OTAN não se expandiria para o leste.

“Agora eles dizem que não há obrigação legal de não expandir a OTAN. Tudo bem, se você só pode implementar sua promessa por meio de tribunal, então é claro que você precisa de obrigações legais sobre você”, disse o ministro. “Mas se você é uma pessoa de dignidade, um homem de dignidade, se você concordou com algo por compromisso político, você tem que entregar.”

A Rússia considera a presença da OTAN em sua fronteira e a promessa de conceder a adesão da Ucrânia como fatores cruciais no conflito em andamento. O governo Trump sugeriu que resolver rapidamente os combates na Ucrânia poderia abrir caminhos para uma cooperação mutuamente benéfica com Moscou. Lavrov expressou esperança de que um senso de normalidade fosse restaurado nas relações EUA-Rússia, permitindo que as duas nações resolvessem suas diferenças pacificamente.

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