Cultura/Lazer Mercados/Negócios

O Amor é Frágil – Por Lin Quintino

Casais se perdem porque esqueceram disso

O Amor é Frágil

Lin Quintino

O amor é frágil. A gente demora a admitir isso. Passa uma vida acreditando que ele resiste a tudo — às distâncias, às mágoas mal resolvidas, ao tempo que vai comendo as promessas que pareciam eternas. Mas um dia a gente percebe: o amor é feito de vidro fino, daqueles que a gente segura com as duas mãos e ainda assim sente medo de deixar cair.

Não é que ele não tenha força. Ele tem. É capaz de mover o mundo e sustentar o corpo quando tudo o mais desaba. Mas sua força não está na dureza — está na delicadeza. O amor precisa de cuidado, de escuta, de espaço. De silêncio quando o outro precisa respirar. De palavra certa no momento em que tudo parece incerto.

Casais se perdem porque esqueceram disso. Porque acharam que o amor bastava por si só, como se fosse uma entidade autônoma. Mas amor não anda sozinho. Ele precisa ser alimentado com pequenos gestos — um café sem açúcar porque o outro prefere assim, uma mensagem no meio da tarde só pra dizer “estou pensando em você”.

O amor quebra quando vira rotina sem carinho. Quando vira presença sem olhar. Quando fica preso na obrigação, e não mais no desejo.

Eu já quebrei o amor. Sem querer. Deixei escorregar das mãos achando que ele aguentaria o tranco. Não aguentou. E doeu. Porque amor quebrado corta.

Depois disso, aprendi: o amor é frágil, sim. Mas isso não é um defeito. É um convite. Pra cuidar, pra escolher com mais atenção, pra não deixar pra depois o que pode ser dito hoje. Porque o que sustenta o amor não é o tempo, é o cuidado.

Lin Quintino

Curta,compartilhe e siga-nos:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *