A verdade é que um nome vai muito além de um conjunto de letras

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 27/04/25
Quando a Lei Diz Não Para as Escolhas e Faz Restrições Para os Pais
Por Paulo Siuves
Você sabia que alguns nomes de bebês são proibidos no Brasil — e também em outros países? Pois é, descobri isso outro dia e achei super curioso. Existem regras, tanto legais quanto culturais, que impedem certos registros. E tem pais que, ao tentarem dar um nome mais “diferentão” ao filho, acabam sendo barrados no cartório. Meio surpreendente, né?
A verdade é que um nome vai muito além de um conjunto de letras. Ele carrega história, identidade, cultura… É o primeiro presente que a gente dá pra uma criança. Mas como vi numa matéria da Stars Insider, nem todos esses presentes são aceitos.
Inclusive, no Brasil, a Lei nº 14.382 determina que um oficial de registro civil não deve registrar prenomes que possam expor seus portadores ao ridículo, como lembra a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Nomes com significados pejorativos ou que estejam associados a figuras históricas muito negativas, como Hitler, Bin Laden ou o mafioso Al Capone, são recusados. Até palavras com significados negativos, como “Hell” (inferno, em inglês), podem ser barradas pelo cartório.
Inclusive, no Brasil, a Lei nº 14.382 determina que um oficial de registro civil não deve registrar prenomes que possam expor seus portadores ao ridículo, como lembra a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Nomes com significados pejorativos ou que estejam associados a figuras históricas muito negativas, como Hitler, Bin Laden ou o mafioso Al Capone, são recusados. Até palavras com significados negativos, como “Hell” (inferno, em inglês), podem ser barradas pelo cartório.
Escolher o nome de um filho é sempre uma tarefa cheia de emoção — mas no meu caso, envolveu até um pacto estratégico com minha esposa. Eu queria homenagear a mãe dela, Maristela, com um nome que carregasse a mesma força e beleza: Maria Estela, caso fosse menina. Mas ela torceu o nariz, não queria aquele nome de jeito nenhum. Foi aí que surgiu o acordo: se fosse menina, eu escolheria; se fosse menino, ela escolheria. Justo, não? Bem, pelo menos parecia justo até o ultrassom confirmar que era menino.
Sem hesitar, minha esposa escolheu colocar o meu nome em nosso filho: José Paulo Siuves Filho. Fiquei sem argumentos, derrotado antes mesmo de perceber o que estava acontecendo. Ah, e ela ainda foi além — o apelido JP já estava decidido antes mesmo de o cartório saber da existência dele! Apesar de ser um nome comum, José Paulo carrega uma história que é tudo, menos trivial. É um nome que une legado e identidade, tradição e modernidade, e que, de uma forma especial, acabou se tornando o primeiro grande capítulo da vida do meu caçula.
Quando penso nos nomes dos meus filhos — Kenya Helena, Marcus Paulo, Kelly Helena e José Paulo — percebo que cada um deles carrega mais do que palavras, mais do que a combinação de letras. Carregam histórias, escolhas, legados e até algumas boas negociações, como já compartilhei. Cada nome reflete um momento especial, uma intenção única, e, acima de tudo, amor.
É curioso pensar como um nome, que parece tão simples à primeira vista, é, na verdade, um dos nossos maiores atos de criatividade e responsabilidade como pais. É como dar um pequeno poema ao mundo, um verso que nossos filhos continuarão a escrever ao longo da vida. Mas, cá entre nós, dar o nome perfeito também é um exercício de diplomacia — afinal, agradar a todas as partes envolvidas pode ser tão desafiador quanto terminar um jantar em família sem uma discussão política ou religiosa!
No fim das contas, os nomes que escolhemos não são apenas um presente. São sementes de identidade, de histórias que vão se desenrolando com o tempo. E que sejam nomes que abram portas, que inspirem nossos filhos a serem eles mesmos — livres, felizes e prontos para desafiar o mundo com um sorriso no rosto e muita personalidade. Porque, no fundo, paternidade é isso: oferecer raízes, dar asas e torcer para que o voo seja sempre cheio de beleza e significado.
Ah! Para saber mais sobre nomes proibidos ao redor do mundo, confira a matéria completa da Stars Insider aqui.

Paulo Siuves é um dedicado defensor dos Direitos das Mulheres, reconhecido
internacionalmente como “Embaixador da Paz” por seus esforços. Com um sólido
histórico acadêmico e honrarias em Filosofia e Literatura, incluindo os títulos de Doutor
Honoris Causa, Paulo apoia e promove talentosas escritoras, contribuindo para um
cenário literário mais inclusivo e igualitário. Seu compromisso com a justiça social e a
igualdade de gênero é evidenciado por suas inúmeras qualificações, incluindo cursos de
formação em Direitos Humanos, e pelo reconhecimento com o Troféu Evita Perón,
concedido pelo Núcleo de Letras e Artes de Buenos Aires.
As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Jornal Clarín Brasil – JCB News, sendo elas de inteira responsabilidade e posicionamento dos autores”