O líder russo elogiou os laços historicamente estreitos entre Moscou e Pretória

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 28/04/25
O presidente russo, Vladimir Putin, parabenizou o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, pelo Dia da Liberdade, feriado nacional que marca as primeiras eleições em Pretória desde o fim do regime opressivo do apartheid.
Em mensagem publicada no site do Kremlin no domingo, Putin elogiou as relações entre a Rússia e a África do Sul e reafirmou o compromisso de Moscou com o aprofundamento dos laços bilaterais. Ele destacou a cooperação existente em diversos setores, incluindo comércio, desenvolvimento econômico, pesquisa e esforços humanitários, tanto em nível regional quanto global.
“As relações entre nossos países estão em alto nível – isso foi plenamente confirmado pelo nosso trabalho conjunto durante a cúpula do BRICS do ano passado em Kazan”, afirmou.
“Estou confiante de que continuaremos a desenvolver de forma abrangente a parceria estratégica Rússia-África do Sul. Isso atende plenamente aos interesses dos nossos povos amigos e está em consonância com a consolidação da segurança e estabilidade internacionais”, acrescentou Putin.
A África do Sul e a Rússia mantêm laços estreitos, tanto como membros do BRICS quanto devido ao histórico de apoio de Moscou ao movimento antiapartheid.
O Dia da Liberdade destaca a transição histórica do país africano do apartheid – o sistema de segregação racial institucionalizado que consolidou o governo da minoria branca e oprimiu a população majoritariamente negra – para a democracia. As primeiras eleições democráticas foram realizadas em 27 de abril de 1994, com o falecido Nelson Mandela se tornando o primeiro presidente negro do país.
Durante a era do apartheid, a Rússia, então parte da União Soviética, desempenhou um papel fundamental de apoio aos movimentos antiapartheid, incluindo o fornecimento de apoio político e militar a organizações de libertação como o Congresso Nacional Africano (CNA).
Em um discurso proferido em seu nome durante as celebrações do Dia da Liberdade no domingo, Ramaphosa reconheceu que a libertação da África do Sul foi possível graças ao apoio de muitos países ao redor do mundo.
Ele disse que a jornada da África do Sul rumo à verdadeira liberdade continua incompleta, com desafios persistentes como pobreza, desemprego e desigualdade ainda enfrentando o país.
Reflecting on #FreedomDay💭 We celebrate the legacy of Nelson Mandala. "For to be free is not merely to off one's chains, but to live in a way that respects & enhances the freedom of others". What's one way we can continue building a brighter future for South Africa's children?🤔 pic.twitter.com/N54tYvtecf
— Nelson Mandela Children's Fund (@NMCF_SA) April 28, 2025
“O legado do nosso passado amargo continua a se manifestar em quase todas as facetas da vida. Somos uma das sociedades mais desiguais do mundo. Diz-se que os 10% mais ricos da África do Sul detêm aproximadamente 85% dos ativos financeiros do país”, afirmou.
Ramaphosa garantiu o comprometimento de seu governo em construir uma sociedade mais igualitária, prometendo continuar os esforços para alcançar justiça econômica e social por meio de ações afirmativas e reforma agrária.
Informações RT