Washington enviará cartas a cerca de 150 países em vez de fechar acordos com cada um individualmente

Jornal Clarín Brasil JCB News – Brasil 17/05/25
Washington informará 150 países sobre as tarifas atualizadas com os EUA por correio nas próximas semanas, anunciou o presidente americano Donald Trump na sexta-feira. Não é mais viável reunir-se individualmente com cada país em busca de um acordo comercial, explicou ele.
Em 2 de abril, apelidado pelo presidente dos EUA de “Dia da Libertação”, a Casa Branca impôs uma tarifa básica de 10% sobre todos os produtos importados e sobretaxas adicionais a países como China, México e Canadá, citando desequilíbrios comerciais.
O presidente dos EUA indicou na época que a Casa Branca negociaria acordos individuais com todos os seus parceiros comerciais nas semanas seguintes, mas agora sugeriu que o governo definirá os termos unilateralmente.
Falando em uma mesa redonda empresarial na Arábia Saudita na sexta-feira, Trump declarou que os EUA imporão novas tarifas “nas próximas duas a três semanas”. Washington foi abordado por um grande número de governos solicitando acordos individuais, mas, Trump enfatizou, “não é possível atender ao número de pessoas que querem nos ver”.
“[T]emos, ao mesmo tempo, 150 países que querem fazer um acordo”, disse ele.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o secretário do Comércio, Howard Lutnick, seriam responsáveis por enviar cartas detalhando as novas tarifas que serão aplicadas a cada país, disse Trump.
As novas taxas “seriam muito justas, mas informaremos às pessoas o que elas pagarão para fazer negócios nos Estados Unidos”.
Grandes varejistas dos EUA, como Walmart e Target, afirmaram que planejam aumentar os preços em resposta ao aumento do custo das importações. Trump minimizou as preocupações, afirmando que quaisquer aumentos de preços serão pequenos e que as empresas se adaptarão, alterando suas cadeias de suprimentos.
A Casa Branca ainda não divulgou o conteúdo das cartas nem as taxas exatas que serão aplicadas. Também não está claro se os países receberão um cronograma ou condições sob as quais as taxas poderão ser alteradas.
Com informações RT