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Rússia expulsa diplomatas suecos, poloneses e alemães que participaram de manifestações ilegais no país

Após o flagrante e óbvio descumprimento da Convenção Internacional por partes dos diplamatas estrangeiros, eles foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia na sexta-feira

Por Jornal Clarín Brasil JCB News – Belo Horizonte em 05/02/2021 às 20hs05mins

O governo da Rússia declarou um diplomata sueco, um polonês e um alemão “persona non grata” por causa de sua participação nos comícios não autorizados de 23 de janeiro em Moscou e São Petersburgo, disse o Ministério das Relações Exteriores russo nesta sexta-feira.

“Em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 18 de abril de 1961, fora convencionado que diplomatas que participassem de comícios não autorizados seriam declarados “persona non grata“. Eles devem deixar a Rússia o mais rápido possível”, disse o ministério.

De acordo com o ministério russo, baseado nessa convenção que fora desrespeitada, os embaixadores da Suécia, Polônia e Alemanha foram convocados ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia na sexta-feira por causa desses incidentes.

“O lado russo espera que as missões diplomáticas da Suécia, Polônia e Alemanha e seu pessoal sigam estritamente o direito internacional”, enfatizou o ministério russo.

Insatisfação da Alemanha

A Alemanha criticou fortemente a Rússia por sua decisão de expulsar três diplomatas europeus por participarem de manifestações em apoio ao político de oposição russo Alexey Navalny.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, disse no Twitter que a decisão da Rússia foi “sem qualquer justificativa” e prejudicou ainda mais as relações do país com a Europa.

“Se a Federação Russa não reconsiderar sua decisão, isso não ficará sem resposta”, disse ele, mas não especificou quaisquer possíveis medidas retaliatórias.

Maas argumentou que o diplomata alemão, que estava entre os três europeus declarados persona non grata, estava apenas fazendo seu trabalho e acompanhando os desenvolvimentos no terreno com os meios legais sob a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

Alexey Navalny

Alexey Navalny foi detido em Moscou logo ao retornar ao país, em 17 de janeiro, proveniente da Alemanha, onde havia recebido tratamento após um suposto envenenamento.

As autoridades russas disseram que ele violou a liberdade condicional de uma sentença suspensa por um crime de lavagem de dinheiro em 2014, um caso que Navalny diz ser “motivado por perseguição política”.

Na terça-feira, um tribunal de Moscou condenou voltou a condenar Navalny a dois anos e oito meses de prisão, e dessa vez, por violar a liberdade condicional.

Fonte: Tass Agência Russa de Notícias

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