“Àgua mole em pedra dura, tanto bate até que fura”
Será que esse famoso ditado tem origem na Ásia? Parece que sim, pois, mais uma vez, um país asiático consegue superar uma potência ocidental em matéria de tecnologia, depois de serem motivos de chacotas por anos à fio, e acusados de plagiarem tudo que os antigos líderes produziam. Como exemplo, lembramos da origem do têrmo pejorativo “Sukata”, que os norte-americanos aplicavam aos produtos japoneses que começaram a entrar em seu mercado, e que no ponto devista deles, nunca superariam as famosas marcas americanas – Erram feio.
Agora, os antes também motivos de chacotas produtos chineses “Ching Ling”, sai na frente e encontra-se há anos luz da tecnologia de telecomunicações desenvolvidas nos demais países do mundo, que a todo custo tentam impedi-los de entrarem em seus mercados, mas parece que não estão obtendo sucesso com o boicote tentado.
A fornecedora chinesa Huawei Technologies está em negociações iniciais com várias empresas de telecomunicações dos EUA sobre o potencial licenciamento de sua tecnologia 5G para eles, informou a Reuters , citando um executivo da empresa.
Vincent Pang, vice-presidente sênior e diretor do conselho da Huawei, confirmou que algumas empresas nos EUA manifestaram interesse em um acordo de longo prazo ou em uma transferência única. O executivo não foi capaz de fornecer detalhes específicos sobre a identidade e o número preciso de empresas interessadas.
“Existem algumas empresas conversando conosco, mas seria uma longa jornada realmente finalizar tudo (…). Eles demonstraram interesse ”, afirmou Pang.
Ele acrescentou ainda que as negociações começaram há algumas semanas e ainda não estão em um nível avançado. No entanto, ele se recusou a prever se algum acordo pode ser assinado, de acordo com o relatório.
Pango também destacou que o investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento que seria necessário para atualizar a plataforma após uma transferência única da Huawei seria muito caro para as empresas interessadas.
O plano potencial de uma taxa única em troca do acesso às patentes, licenças, código e know-how 5G da Huawei foi anunciado pela primeira vez pelo CEO e fundador da Huawei, Ren Zhengfei, em entrevistas ao New York Times e The Economist no mês passado.
Ren disse que a Huawei está aberta a compartilhar suas tecnologias e técnicas 5G com empresas americanas, para que elas possam construir sua própria indústria 5G.
Ele também enfatizou que as empresas americanas “também podem modificar as tecnologias 5G da Huawei para atender a seus requisitos de segurança”. Eles podem até “alterar o código do software. Nesse caso, os EUA terão garantia de segurança da informação ”, afirmou.
Atualmente, as principais empresas rivais da Huawei são a empresa finlandesa Nokia e a sueca Ericsson, e a Samsung da Coréia do Sul e a ZTE da China são outras alternativas para operadoras que buscam implantar redes 5G.
Empresas americanas, como Cisco, Dell EMC e Hewlett Packard Enterprise, desenvolveram tecnologias relacionadas ao 5G, mas o país não possui um especialista em infraestrutura 5G.
Ren também disse que, se o governo dos EUA não confiar na Huawei para instalar seu equipamento 5G em todo o país, o fornecedor estará pronto para licenciar toda a plataforma Huawei 5G para qualquer empresa americana que queira fabricá-lo, instalá-lo e operá-lo, completamente independente da Huawei.
Em maio, o Departamento de Comércio dos EUA adicionou a Huawei à sua Lista de Entidades, uma decisão que proibia efetivamente a empresa de comprar peças e componentes de empresas dos EUA sem a aprovação do governo dos EUA. Sob o pedido, a Huawei precisará de uma licença do governo dos EUA para comprar componentes de fornecedores norte-americanos.
Em julho, o presidente Donald Trump concordou em conceder decisões de licenciamento “oportunas” às empresas de tecnologia dos EUA que desejam vender componentes e serviços para a Huawei. No entanto, funcionários do governo confirmaram recentemente que todas as licenças de exportação solicitadas pelas empresas americanas ainda estão pendentes de aprovação.
Os EUA e a Austrália já proibiram a Huawei de implantar suas soluções 5G em redes 5G devido a preocupações de que o governo chinês use o equipamento para fins de espionagem. A Huawei negou repetidamente as alegações de que ajudaria o governo chinês a espionar ou atrapalhar os sistemas de telecomunicações de outros países. A empresa diz que é uma empresa privada de propriedade de seus trabalhadores.
